Comércio, Turismo e Indústria pedem compensações econômicas no Rio

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Após anúncio, na última segunda-feira, de medidas restritivas por prefeituras do Rio e de Niterói no Estado do Rio de Janeiro, para inibir contaminação por covid-19, entidades de comércio, turismo e indústria reagiram. A Federação de Comércio de Bens, Serviços, Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pediram contrapartidas para mitigar os efeitos das ações, em suas atividades.

As ações anunciadas na última segunda vão desde fechamento de atendimento presencial a bares e restaurantes, até ordem de funcionamento apenas de serviços essenciais, entre outras medidas. O plano das duas prefeituras é que as ações entrem em vigor a partir de 26 de março, sexta-feira, e durem dez dias.

Em nota, a Fecomércio-RJ informou que, após divulgação das ações pelas duas prefeituras, “espera que essas decisões venham acompanhadas de ações compensatórias para que as empresas possam sobreviver e manter o emprego e a renda”. “As empresas não podem ser tratadas como ilhas de prosperidade que se sustentam com as portas fechadas”, ressaltou a entidade, em seu comunicado sobre o tema.

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A entidade de varejo fluminense notou que, sem medidas compensatórias, “qualquer ação de fechamento terá como resultado um grande impacto negativo e o fechamento de muitas empresas”.

No comunicado, a entidade sugere alternativas às ações anunciadas pelas duas prefeituras, como ampliação do horário de funcionamento do comércio, para diluir o fluxo de pessoas, e, em paralelo, o aumento da oferta de transporte público para evitar aglomerações.

Ainda para Fecomércio-RJ, a proposta diferente do Governo do Estado do Rio, de promover de feriado entre 26 de março a 4 de abril, seria mais flexível, e viabilizaria “funcionamento intermediário que preserva a sobrevivência das empresas”.

Já o presidente da Hotéis Rio, Alfredo Lopes, afirmou em comunicado reconhecer que a situação no Rio de Janeiro é extrema, em meio à pandemia. “Vamos funcionar com ocupações muito baixas, e não poderia ser diferente”, afirmou Lopes, frisando entender que as medidas veiculadas foram embasadas em recomendações de dois conselhos científicos.

“Não resta outra solução senão enfrentarmos esse novo fechamento das atividades”, afirmou o executivo, afirmando ainda esperar que a decisão das prefeituras tragam recuo nos casos de covid-19, no Estado do Rio.

No entanto, Lopes destacou que as ações precisam ser acompanhadas de algum tipo de medida para mitigar impacto negativo na atividade hoteleira. “Esperamos ter alguma contrapartida dos governos federal, estadual e municipal quanto à não cobrança de impostos ou uma postergação, já que dez dias em 30 dias é um terço de nossa receita”, afirmou o executivo.

A Firjan, por sua vez, diz reconhecer o atual agravamento da pandemia e afirma ser solidária com as ações para combater a doença. Mas a entidade ressalta, em seu informe, a necessidade de ações que possam diminuir, em parte, impacto das atuais medidas restritivas no setor. (Valor Econômico)

 

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