Muitos e muitos associados permanecem na entidade e até brigam, se são atendidos por ela (publicado em 18 de abril)
por Eduardo Mielke*
Assumir uma Associação de Turismo nestas condições, significa dizer que ela agoniza já deve fazer algum tempo. Problemas de caixa, resultantes de baixa arrecadação é, na maioria das vezes, o principal problema. Mas calma, há luzes…sempre elas existem!!
Mas antes, vamos à análise “psicointernalizada” da questão. O baixo fluxo financeiro se dá pelo fato de que os mantenedores não percebem mais a entidade, como “alguém” que está os ajudando nem com seus negócios individuais, nem com o Turismo da sua Cidade.
Muitos e muitos associados permanecem na entidade e até brigam, se são atendidos por ela. Isto acontece quando eles vêem nela, um lugar onde podem compartilhar seus problemas empresarias (e até mesmo pessoais), buscam dicas, ouvem informações importantes e privilegiadas até, sobre o ambiente e movimento político da Prefeitura, fofocas, e ou saber se alguma empresa ou grupo de fora está chegando na Cidade. E note que nenhum destes benefícios envolvem dinheiro diretamente. Pense nisso.
Como um clube de amigos, ele precisa se sentir ACOLHIDO pela sua entidade. Quando esta percepção não acontece de forma muito clara, o mantenedor começará a fazer conta. E pior, começa a indagar “o que é mesmo que eu estou fazendo ali?” Sem prestígio, lá vai mais uma mensalidade…
Passe a gerir a entidade com um “olho no peixe e outro no gato”. O Peixe é o seu mantenedor. No binômio minimizar custos e maximizar resultados, qualquer ação ajuda.
Portanto, chega de agonia!!! Olhando para frente e para a prateleira de cima…
Passe a gerir a entidade com um “olho no peixe e ou no gato”. O Peixe é o seu mantenedor. No binômio minimizar custos e maximizar resultados, qualquer ação ajuda. E aqui vai a primeira orientação de hoje: Comece buscando respostas dentro da própria entidade às seguintes perguntas: 1) Mantenedor, para que serve a nossa entidade? 2) O que você espera que ela faça por você? Pela maioria e não pelo consenso, trace o seu com sua equipe o plano de ação. Você irá se surpreender com a quantidade de informações e percepções que irão surgir.
Assuta-me ver a quantidade de atividades (eventos) que acontecem numa Cidade sem a mínima articulação dentro da Cadeia de Valor do Turismo. Cada um para o seu lado…credo! Por que mesmo?
E o Gato é ao campo da Política de Turismo do seu Município. Exemplo, se algum problema que envolve a Administração Pública aflige boa parte dos seus mantenedores, invista urgentemente numa Agenda Legislativa. A orientação nestes casos é: Converse com a Câmara de Vereadores e com o Executivo. Organize debates planejados com todas as partes que tomam a decisão de fato. Articule. Provoque. Instigue. Esse é o papel do terceiro setor! Se o problema é de todos, certamente encontrarás apoio entre os seus, bem como entre outras entidades. Mostre a força da sua. E acredite, ela tem!
Dúvidas, esclarecimentos? Mande-me um inbox! Se gostou compartilhe.
Abr.
*Eduardo Mielke é Dr. em Turismo e escreve todas as semanas sobre Gestão & Política de Turismo no Município.