Companhias norte-americanas investem US$ 15 milhões em shopping no Pará e não veem obra sair do papel

Continua depois da publicidade

(Edição do DT)

Em 2010, as empresas estrangeiras Stellar Insurance e Whitehall Investments LP foram convidadas pela Urbia Properties, empresa nacional especializada em shoppings e centros comerciais, a entrar em uma sociedade para a construção de um shopping center com 200 lojas na cidade de Marabá (PA), região Norte do País. Seduzidas pelo projeto apresentado, que ainda contemplava seis redes âncora e salas de cinema 3D, as empresas decidiram injetar US$ 15 milhões na empreitada. A construção do Unique Shopping Marabá, que deveria ter sido iniciada há três anos em parceria com a Premium Engenharia e Mutran & Mutran Consultoria, acabou nunca saindo do papel.

Alguns meses após a assinatura dos acordos de empréstimo, Stellar e Whitehall descobriram que havia uma ação judicial no Pará movida por terceiros que contestavam a propriedade do terreno de 88 mil m2 onde o shopping seria construído.

Veja também as mais lidas do DT

“Embora houvesse uma ação ajuizada apenas contra uma empresa, temos razões para acreditar que a Urbia estava perfeitamente ciente disso quando negociou os contratos de empréstimo conosco”, explica Shawn Stephenson, CEO da Rising Tide Foundation e assessor dos sócios americanos.

Por causa desse imbróglio, o Banco da Amazônia (Basa), maior financiador de uma obra estimada em R$ 200 milhões, recusou-se a liberar o dinheiro para a construção do shopping.Com o freio nos investimentos, a obra acabou não se viabilizando e as companhias ficaram sem receber seus US$ 15 milhões de volta.

No momento, as investidoras estrangeiras e a Urbia estão  envolvidas em litígio no qual se discute a forma de devolução do investimento, mas o processo é confidencial.

“Buscamos por diversas vezes o diálogo e o entendimento com Tim Weiss, acionista principal da Urbia, mas nunca fomos atendidos. Estamos recorrendo à justiça com um procedimento arbitral para reaver os investimentos”, conta Shawn.

“Entendemos que o Brasil vive hoje grande pressão internacional, pela dificuldade de atrair aportes e investimentos internacionais. O que aconteceu com a nossa empresa é um alerta para o mundo inteiro sobre os riscos a que todos estão sujeitos ao se investir no Brasil”, completa.

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade