O Turismo já representa uma nova vocação para a economia do Pará, impulsionada pelos investimentos em infraestrutura e pela visibilidade da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que ocorre em novembro em Belém, afirmou o governador Helder Barbalho (MDB). Ele também garantiu, durante sua participação no fórum “Brazil-US Energy and Tech Forum 2025”, em Nova York, promovido pelo jornal Valor Econômico em parceria com a Amcham Brasil, que os problemas com hospedagem não enfraquecerão o evento.
DA REDAÇÃO com VALOR ECONÔMICO
A COP30 acelerou um processo de transformação da economia regional para novas vocações como o turismo e a bioeconomia, segundo o governador. Nesse sentido, um centro de bioeconomia será inaugurado em Belém na próxima semana.
“O Pará está deixando a agenda predatória do extrativismo para construir soluções baseadas na natureza”, disse Barbalho. “Queremos que a bioeconomia seja uma nova vocação econômica no Pará”, acrescentou. O Estado aplicou R$ 2 bilhões para fomentar a bioeconomia local.
Barbalho declarou também que o governo trabalha para que os setores extrativistas tradicionais reduzam suas emissões e participem do processo de transição gradual da economia local.
“O Brasil precisa aumentar a restauração florestal. No Pará, estamos fazendo concessões para restaurações florestais”, destacou, mencionando um decreto recente sobre concessões para que empresas assumam áreas degradadas e restituam florestas para explorar o potencial bioeconômico da Amazônia. “É uma nova agenda de restauração ambiental atrelada ao mercado de carbono”, disse.
O governador reafirmou sua convicção de que as dificuldades com hospedagem em Belém, alvo de críticas de delegações estrangeiras, não esvaziarão a COP30. “Por [hotelaria] se tratar de uma atividade do setor privado, fizemos grande esforço para ajudar, inclusive nos juntando a outros órgãos para fiscalizar e não permitir abusos”.
Barbalho salientou que, apesar das observações oficiais registradas em encontros preparatórios nos últimos meses, 72 delegações de países confirmaram presença e outras 76 estão em processo de confirmação. O governador reforçou que, se incluídos grupos do setor privado, de universidades e de povos originários, já serão 146 países presentes em Belém. (Com informações do jornal Valor Econômico)