Corporativismo e Cooperativismo: Caminhos difusos ou confusos?

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Por Eduardo Mielke –

Você já ouviu falar de associações que foram criadas para impedir a entrada de hotéis de rede na Cidade, ou para criar reserva de mercado de trabalho? Já ouviu falar de COMTUR que virou panelinha? Muito mais comum do que você possa imaginar, aqui fica a pergunta: Como saber se uma mão somente lava a outra?

Veja. Pessoas corporativistas se criam dentro do berço da vaidade. Enxergam as entidades como uma forma de auto-proteção. É a parte ruim do conservacionismo, que se baseia no medo e somente nele. Não andam para frente, pois estão sempre olhando para trás.  É a capacidade que elas tem em promover a união pelos motivos errados. Fazem das associações o seu próprio quintal. Entidades assim são doentes, esquizofrênicas. Colocam sempre a culpa do insucesso e da falta do resultado, em inimigos imaginários, mesmo não tendo a certeza de quem eles realmente são.

Pessoas cooperativistas se criam no berço do entendimento que o crescimento se faz com o outro. Sentem medo, sim. Mas não do novo, apenas de seguirem fazendo as mesmas coisas tudo de novo. Olham para frente, na direção do mercado e para o ambiente político. Sabem conversar com ele. Vem o Estado como um par, e não como provedor. Se organizam para fazer do seu mantenedor o maior bem. Proporciona que sentimentos de acolhimento e pertencimento sejam facilmente percebidos.

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Percebe a diferença? E agora, você sabe onde “amarrou o seu bode”? Se ainda não sabe, aqui vão algumas perguntas que deve fazer para si mesmo. E aqui vão elas: 1. A entidade está proporcionando mais negócios – faturamento – para os membros e para si mesma? 2. Este ganho é equilibrado entre os membros? 3. Você consegue identificar pelo menos 3 ações, no curto prazo, que te beneficiarão se os membros trabalhassem juntos? 4. A sua entidade ajuda você a perceber as questões 1, 2 e 3?

Se encontrou alguma dificuldade em responderem alguma das perguntas acima, muito provavelmente a entidade da qual pertence precisa muito de cooperativismo!!! Esta percepção te ajudará em muitos aspectos. Sobretudo, no julgamento para julgar se está mesmo valendo a pena manter-se associado. Pense nisso. Grande parte das soluções para sua empresa, via Associação de Turismo, não dependem do “inimigo imaginário”. Está na cooperação com os colegas empresários que estão ao seu lado, junto com você. Se você não vê isso, temos muito o que fazer!!! Nunca se esqueça de quem lava o seu rosto!!!

Dúvidas, esclarecimentos?? Escreva!

Abraços, e até o próximo texto!

*Eduardo Mielke é Dr. em Turismo pela Universidad de Málaga, é Professor na Universidade do Rei Abdulaziz na Arábia Saudita e é Consultor Sênior, tendo trabalhado para diversos Governos em assuntos relacionados a Políticas e Desenvolvimento Turístico.
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