A demanda por transporte aéreo doméstico, no Brasil, registrou alta de 5,9% em agosto, voltando a crescer após quase estabilidade durante a Copa do Mundo. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), divulgados nesta terça-feira (23).
Em junho e junho, a demanda praticamente não havia crescido, uma vez que o público de negócios reprogramou compromissos para evitar viagens durante o torneio e a movimentação ficou mais restrita às viagens de turismo. "São dados positivos porque podem indicar que nem toda a reprogramação de viagens do ano ficou concentrada no primeiro semestre", disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. A entidade representa as companhias aéreas TAM, Gol, Azul e Avianca.
A oferta no período permaneceu contida, com queda de 0,9 por cento ante agosto do ano passado. A combinação de aumento na demanda e queda na oferta permitiu um avanço de 5,1% na taxa de ocupação de voos domésticos, que subiu para 79,3% no mês, recorde para agosto. Segundo o consultor técnico da Abear Maurício Emboaba, os níveis de ocupação têm se aproximado dos registrados nos Estados Unidos, o que ilustra maior eficiência da indústria.
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Para viagens internacionais, houve alta de 14,7% na demanda em agosto e crescimento de 5,2% na oferta, com a taxa de ocupação subindo 7,1%, para 85,3%, recorde histórico.
De acordo com estimativas de Emboaba, as companhias aéreas no Brasil obtêm equilíbrio entre receitas e despesas a partir de uma taxa de ocupação de cerca de 75% no mercado de viagens domésticas e de cerca 80% no de voos internacionais. No acumulado de janeiro a agosto, a taxa de ocupação das companhias está em 79,58% no mercado doméstico e em 82,05% em viagens internacionais.
AV