De Hércules a Darth Vader, Louvre inaugura exposição para explorar mitos

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Os “Mitos fundadores: De Hércules a Darth Vader” (Founding Myths. From Hercules to Darth Vader), da pré-história à Grécia clássica, da Bíblia ao inquietante ‘lado negro da força’ de George Lucas, protagonizam no Museu do Louvre um novo espaço de exposição que abriu suas portas ao público no último sábado (17).

A mostra ficará na “Petite Galerie du Louvre”, cujas salas ocupam 250 dos 70 mil metros quadrados de livre circulação do museu mais visitado do mundo, por onde passam mais de 9 milhões de pessoas por ano.

“Um lugar idealizado para educar, exibir os fundamentos da arte e incentivar fãs, famílias e crianças às vezes afastados do mundo dos museus a visitar as grandes pinacotecas do país. A presença de Darth Vader não é artificial, tem origem em uma visita de George Lucas ao museu. Há três gerações desenvolvemos e transmitimos um grande repertório”, disse o presidente do Louvre, Jean-Luc Martínez.

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Este “verdadeiro encontro” entre os mitos de “Guerra nas Estrelas” com os fundadores da cultura ocidental e os da cultura universal, para Martínez permite mostrar melhor que “uma mitologia é aquilo que é partilhado, o que revela as grandes escolhas da sociedade, que segundo as épocas e culturas encontra respostas diferentes”.

A galeria evoca, entre muitas mitologias, a egípcia, com a “Stele of the Lady Taperet Before” (datada de 1000 a.C). Apresenta, além disso, grandes religiões como a budista e a tradição bíblica e mitos como o do paraíso perdido, ilustrado aqui por outra das joias da exposição, um óleo sobre cobre pintado entre 1607 e 1608 por Jan I Brueghel: “Terra, ou o paraíso terrestre”.

A atípica reunião de 60 quadros, esculturas, peças de ourivesaria, cerâmicas, máscaras, vídeos e cartazes de cinema; de diferentes épocas, gêneros, materiais e civilizações, irá durar dez meses e não tem a pretensão de resumir a função do museu, mas educar e surpreender, conforme explicou a curadora, Dominique de Font-Réaulx.

Algumas obras procedem de outras instituições, como o “Crocodilo original” (186x12x22cm), do século XX, emprestado pelo Museu Branly; e a “Vênus de Tursac”, sua minúscula companheira paleolítica, de pouco mais de 8 cm e 25 mil anos, vinda do Museu de Arqueologia de Saint-Germain-em-Laye. Nesse mesmo espaço dedicado à criação do mundo brilha uma segunda Vênus: “Vénus Génitrix”, estatua de 96 cm de altura, sem cabeça nem braços; obra romana imperial criada em mármore de Paros no século II, encontrada em Brindisi, na Itália, e hoje propriedade do Louvre.

Os ciclos naturais, a passagem do tempo e a magia capaz de vencer os elementos – ou de transformar os homens em porcos, como fez Circé com os companheiros de Ulises em “A Odisseia”-, inspiram a segunda das quatro seções da mostra, centrada em heróis e figuras míticas de diferentes culturas.

Hércules, filho de Zeus e Ícaro, que se aproximou do Sol e perdeu suas asas, cotejam o herói tailandês Phra Ram, antes de dar espaço a protetores e/ou temíveis monstros, gigantes e animais fantásticos.

Nas últimas salas estão a máscara de Darth Vader, um vídeo sobre a célebre saga cinematográfica e o quadro Ci-gît l’espace, de Yves Klein, anunciante de “um novo mundo”, enquanto no centro, visível desde a entrada, está o vermelho palácio “Le Pandemonium” (1841), de John Martin. (EFE)

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