A Delta Air Lines, segunda maior companhia aérea dos Estados Unidos, pretende se associar à companhia aérea brasileira Gol para operar de forma combinada voos entre destinos americanos e brasileiros, disse nesta terça-feira (13) o vice-presidente financeiro da empresa americana, Paul Jacobson.
A Delta Air Lines é a maior acionista minoritária da Gol, detentora de 9,46% das ações da aérea brasileira. Ambas já têm acordo de code-share, por meio de qual um passageiro que viaja entre Estados Unidos e Brasil — com conexão em um dos dois países — pode fazer parte da viagem em uma empresa e o outro voo em outra aérea, usando o mesmo bilhete.
A joint venture seria um acordo mais completo, em que as duas empresas aéreas planejam e operam, de forma conjunta, toda a malha aérea entre os dois países, dividindo custos e lucros.
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Acordos
A Delta Air Lines já tem acordos desse tipo com a Air France-KLM e com a Virgin Atlantic — para rotas entre os Estados Unidos e a Europa –, e com a Aeromexico e com a Korean Air, para voos ligando destinos americanos ao México e à Coréia do Sul, respectivamente.
Em encontro com analistas nesta terça-feira, nos Estados Unidos, o vice-presidente da Delta Air Lines afirmou que a empresa agora pretende fazer o mesmo tipo de acordo com a Gol assim que o acordo de ‘céus abertos’ entre os governos brasileiro e americano for sancionado pela presidência da República do Brasil.
O céus abertos é uma acordo que permite às companhias aéreas de dois países a criação de novas rotas, voos e frequências de forma livre, sem cotas impostas por regulamentos. O texto desse acordo entre Brasil e Estados Unidos foi aprovado semana passada pelo Senado, ratificando decisão antes tomada na Câmara dos Deputados, restando agora o sinal verde do Planalto.
Há pouco, as ações da Gol operavam em alta de 2,31% na bolsa brasileira B3, cotadas a R$ 22,10. As concorrentes da Gol no Brasil, Latam e Azul, também planejam ter acordos de JV com American Airlines e United Airlines, respectivamente. (VALOR ECONÔMICO)