Deomar Assunção, CEO da Squad: “Cresceremos 40% em 2024”

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O ano de 2023 fechou com saldo positivo para a recuperação e desenvolvimento do transporte terrestre do país. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, a otimização dos contratos de rodovias chega a R$ 110 bilhões em investimentos. Para este ano, o Brasil planeja, por exemplo, realizar 13 concessões,  atraindo cerca de R$ 122 bilhões para os investimentos necessários nas áreas de rodovias e ferrovias.

por Paulo Atzingen (texto transcrito por Clara Silva)*


Esses planos federais casados com a iniciativa privada e concessionárias soam como música aos ouvidos do CEO da Squad Viagens – empresa especializada em soluções para o transporte rodoviário do Grupo Águia Branca, Deomar Assunção. Segundo ele, sua empresa tem 2024 como o ano da consolidação. “Nós dobramos de tamanho de 2022 para 2023 e temos um desafio para 2024 de um crescimento de mais de 40%”, disse Deomar em entrevista exclusiva concedida na sede do DIÁRIO, em São Paulo. O executivo foi acompanhado de Daniela Escocard, Gerente de Comunicação Corporativa da Divisão Passageiros do Grupo Águia Branca. Confira a entrevista apresentada em tópicos:

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Conquista de mercados

“A Squad, em seu primeiro ano de funcionamento, 2022, atuou no modelo forecast. A gente foi experimentando e entendendo o mercado, fechamos o ano de forma muito positiva, com a marca. Daí dobramos o desafio para o ano de 2023, e assim fizemos e realizamos, conseguindo consolidar mais nossa marca em vários mercados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia. No Sul do País fomos para Florianópolis, Curitiba, Rio Grande do Sul. No Nordeste além da Bahia, para o Rio Grande do Norte, Ceará, entramos em vários mercados”. 

Promoção da marca

“Temos participado de várias feiras importantes que entendemos tenham conexão com a Squad, e nela ajudamos as empresas que participam do evento. Mas mais do que isso, estamos junto à UBRAFE – (União Brasileira de Promotores de Feiras), da qual somos associados, e com ela criamos possibilidades junto aos associados para fazer a Squad operar nessas feiras. Nós temos, por exemplo, uma parceria com o Expo Center Norte, que é um dos maiores centros de eventos do país, criamos ali um sistema de transporte, para atender as necessidades do público das feiras que são realizadas ali. É um serviço novo que ninguém usava e nem oferecia”. 

Segurança

“A nossa atividade de transporte de pessoas temos como obsessão a segurança. Não pode de maneira alguma ter um problema por falta de segurança. Por isso somos muito rigorosos com protocolos muito bem desenhados e acompanhados no processo de governança.

Dentro do grupo Águia Branca isso faz parte do nosso DNA, de maneira corriqueira, mas quando a gente passa a contratar terceiros, nós tomamos atitudes para poder ter essa mesma tranquilidade de quando contratamos um ônibus da Águia Branca, desenvolvemos ferramentas para termos na Águia Branca a segurança que temos no terceirizado”. 

Deomar Assunção da Squad Viagens
Esses planos federais casados com a iniciativa privada e concessionárias soam como música aos ouvidos do CEO da Squad Viagens

Homologação e operação das terceirizadas

“Hoje, para homologar uma empresa, nós mergulhamos no âmbito de todas as operações que essa empresa faz, a própria manutenção dela. Nosso engenheiro de manutenção vai apresentar essa empresa, e entender qual é o plano preventivo que ela tem. A partir daí, é feita uma auditoria nessa parte da manutenção para conseguir fazer a homologação. 

Também temos outro time que é o da operação: motorista e instrutor que vai lá entender como é o treinamento que é dado para aquela empresa, e independente do treinamento que a empresa dá para o motorista dela, existe o treinamento que a Squad tem com a chancela da Águia Branca, com o nível de exigência altíssimo. Fazemos também um acompanhamento através do aplicativo que nós desenvolvemos, inclusive um algoritmo que chamamos ‘RSP’, e, que acompanha o motorista terceiro quando vai iniciar a viagem, conectado ao nosso Centro de Controle de Operações -CCO – onde 100% das viagens são monitoradas. Qualquer coisa irregular, que esteja fora dos parâmetros, como por exemplo: excesso de velocidade; freada brusca; uma arrancada brusca, uma curva que ele faça fora dos parâmetros que são exigidos, tudo isso conseguimos monitorar através desse aplicativo”. 

Deomar Assunção, da Squad Viagens
Deomar Assunção (CEO) e Daniela Escocard (MKT) na redação do DIÁRIO, em São Paulo (Crédito: DT)

Companhias Aéreas 

“Todas as companhias aéreas têm algum tipo de demanda ou necessidade terrestre. Condições climáticas, ocasionam fechamento de aeroportos e acionam a gente, dependendo da região que estamos fazermos o transporte”.

Balanço

“Esse ano a gente vai consolidar. Nós dobramos de tamanho de 2022 para 2023 e temos um desafio para 2024. Com expectativa bem positiva e um crescimento de mais de 40%. Não é um crescimento simples, na verdade, é bem ousado, mas acreditamos muito em função de tudo que temos feito e trocado com o mercado e as respostas que temos tido”. 

Dividindo a pizza

“Dentro do nosso negócio a Squad tem duas verticais muito fortes: chamamos ‘vertical de eventos’ e a vertical que chamamos de ‘Crie seu Squad’, que é o fretamento eventual. Ele está distribuído em diversos níveis: agências (corporativo e lazer), eventos, o religioso, nós temos o trabalho forte um transporte nesse público dentro do nosso share, da nossa carteira, eles estão em segundo lugar. O religioso tem uma representatividade importante. Depois nós temos o transporte escolar, e aí vem nichos menores. 

Desse modo, eventos vêm em uma outra categoria, com representatividade importante nesse crescimento (estimado) dos 40%, respondendo por algo em torno dos 15% a 20%.

Já no fretamento eventual, ‘Crie seu Squad’, surgem oportunidades de ter uma ligação de uma contratação hoje para o serviço de amanhã. É um trabalho menos complexo, o atendimento é mais corriqueiro como pegar um receptivo de um hotel para levar para um centro de eventos ou alguma coisa assim. Em uma proporção menor temos o escolar, muito menos complexo se comparado a um grande evento de grande porte como o Grande Prêmio de Fórmula 1 ou o Lollapalooza”.


*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO

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