Destinos Smart com gestão estúpida em dois atos. Série Políticas de Turismo

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Estamos chegando atrasados com oito meses de antecedência. Parece loucura, mas não é. Os primeiros trabalhos científicos começaram a ser publicados não faz muito tempo e o tema Destinos Inteligentes tem chamado atenção de governos e instituições. De fato, mas para quem pode, trabalhar com o universo da informação de ponta é tudo. No entanto, em administrações públicas atrapalhadas como a nossa, e em meio à dispersão, este mundo não tem feito a diferença. Hoje vou mostrar em dois atos o que está em jogo, para que você entenda o que se passa e possa tomar uma decisão mais sensata. Então, vamos lá….

por Eduardo Mielke*

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INTRODUZIONE DISPERATA – 1o ATTI.

Toda vez que você usa seu cartão de crédito na compra de uma passagem ou quando faz uma reserva, o site onde você usou o cartão armazenou tudo o que você fez e como você fez. Parte desta informação é para traçar o seu perfil como consumidor, e a outra é para saber o que você irá fazer no futuro. Através da aquisição dessas informações é possível saber quem está vindo, quando, de onde e muito mais…
E não é só futuro não. Ao chegar no Destino a coisa não pára.  A medida em que posta, curte, compartilha e opina, tudo isso vai criar outra coisa bem bacana que é o Mapa de Sentimentos, que seria basicamente um resumo do que as pessoas estão falando sobre um atrativo, um serviço ou destino. Para resumir e para que você entenda. A partir de oito meses de antecedência e até depois que você volta para casa, qualquer gestor de qualquer destino turístico tem como saber o que fazer para seguir competitivo. Não há mais desculpas….!!!!

LENTEZZA LENTA PIU ROTANTE – 2o ATTI.

Veja. Mesmo destinos super consolidados e famosos como Paris ou Nova Iorque, sofrem e percebem as flutuações de origem e de gasto turístico. Isso faz parte do mercado turístico. E eles recorrem cada vez mais a compra de tais dados para traçar suas próprias estratégias. Estas coisas não são mais nenhuma novidade para ninguém. Porém, porque então não vemos isso com maior frequência por aí? Simples. É uma questão de percepção e de Política Pública., pois estamos errando em duas frentes.

O estado brasileiro é lento, burocrático e não tem a mínima possibilidade de implementar qualquer estratégia de curto prazo, mesmo se quisesse

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Primeira frente é achar que quem é o “dono da bola” é o Estado. É um erro em posicionar o Poder Público como o responsável por lidar com este tipo de problema da forma como ele está hoje. O estado brasileiro é lento, burocrático e não tem a mínima possibilidade de implementar qualquer estratégia de curto prazo, mesmo se quisesse.  Aliás, governos não pensam por temporada, pensam por eleição. Pode ser até cômodo para todos, mas não irá resolver o problema.
E a segunda, é que a Política de Estado para o Turismo segue apontando para uma direção onde teremos mais estado. Mudam-se os meios e siglas, mas o giro em torno de si mesmo continua. Não se abre uma discussão de fundamento para que outras entidades empresariais (como C&VBs, por exemplo) possam ter legitimidade e elegibilidade para manejar recursos públicos e privados, onde o curto prazo passe a ser uma realidade operacional para os Municípios. Urge uma mudança radical neste processo tanto de percepção quanto de ação. A Política Pública para Turismo ainda está longe de se aproximar do esperado. O fato é que nestas condições atuais seguiremos sendo stupids num mar de smarts. Pense Nisso.

Dúvidas, esclarecimentos? Escreva. Curta a fanpage @politicadeturismo

Obrigado pela confiança.

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EDUARDO MIELKE – Para quem não me conhece, meu nome é Eduardo Mielke. Desde 2004, meu trabalho  é ajudar você que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são para auxiliar/orientar também, aqueles Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo, é a geração de emprego e renda local. O resto é conversa fiada.

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