Estamos à beira de uma explosão causada pelo excesso de informação que ganhou vida própria e parece ter perdido a capacidade de ser administrada.
No Planeta Terra 2.0, onde homens e máquinas se comunicam entre si, é bom a gente esquecer o que aprendeu sobre o universo analógico e considerar-se um ser digital.
Este novo fenômeno ganhou um nome esquisito que mal consta nos dicionários, talvez por sua tradução literal do inglês. Deixe-me apresentar portanto a disruptura, que também atende pelo nome de ruptura digital.
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Eis algumas evidências de sua presença crescente:
– 90% dos dados armazenados foram criados nos últimos dois anos, e devem crescer 50 vezes até 2020. Eles são produzidos por 9 bilhões de equipamentos que em cinco anos já serão 50 bilhões.
– Há seis bilhões de portadores de equipamentos móveis no mundo, alcançando 87% da população do planeta, criando condições para a mobilidade geral.
– A maioria dos softwares nas empresas foi criada há mais de 20 anos, uma eternidade quando se trata de tecnologia da informação. Foi anes da internet, do Google, do Facebook e demais redes sociais, dos dispositivos móveis, ou da computação na nuvem.
Como isto afeta a área de todos os que lidam com mobilidade – do turismo a hotelaria, dos smartphones às viagens aéreas, dos transportes terrestres aos viajantes?
É que com a disseminação das redes sociais, a comunicação deixa de ocorrer apenas entre duas pessoas, e mais de indivíduos com imensos grupos. Isto é um perigo quando se trata de reputação, que podem ser feitas e destruídas em minutos. Pesquisas indicam que as avaliações feitas na internet são capazes de influenciar 86% das pessoas a desistir de um negócio, e 94% a pagar mais por um serviço ou produto.
O consumidor exige experiências cada vez mais individualizadas, quer se sentir engajado, deslumbrado e compreendido em suas necessidades. Ele demanda ser tratado de forma personalizada e quer ser premiado pela lealdade. “Diante da iminente disruptura digital e a crescente experiência do consumidor, é preciso estabelecer um novo patamar de interação entre as empresas e seus clientes, com o apoio do big data, mobilidade e redes sociais.”, afirmou o CEO da Oracle, Mark Hurd, um dos arautos dos novos tempos, em palestra recente.
O desafio é decifrar estas informações digitais abundantes mas caóticas que neste instante alegram apenas aos fornecedores de armazenamento digital. É preciso transformá-las em dados úteis para melhor entender o consumidor em benefício dos negócios. Por isto, a pergunta final é o que você ou sua empresa estão fazendo a respeito.
Fábio Steinberg é carioca, administrador e jornalista. Tem três livros publicados: Ficções Reais, Ficciones Reales (espanhol), Viagem de Negócios e O Maestro. É fundador do blog Viagens & Negócios
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