Economia dos EUA se recupera, apontam dados, mesmo com pandemia

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Dados divulgados nesta quinta-feira sinalizam que a economia dos Estados Unidos continua se recuperando da crise causada pela pandemia de covid-19, apesar do número ainda alto de casos da doença, da lentidão inicial da campanha de vacinação e da ameaça apresentada por novas variantes do vírus.

Dow Jones Newswires, Valor

Os 779 mil novos pedidos de seguro-desemprego registrados na semana passada são o número mais baixo desde o final de novembro, quando um novo surto da doença atingiu várias partes do país. Já as encomendas à indústria aumentaram 1,1% em dezembro, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Comércio hoje, uma cifra também maior do que a esperada por economistas. Ontem, dados sobre o setor de serviços foram superiores às previsões feitas pelo mercado.

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Analistas avaliam que, embora os números para o mercado de trabalho ainda sejam elevados, a economia está dando sequência à recuperação à medida que as infecções por covid-19 estão diminuindo, o que permite a retomada de setores especialmente impactados por restrições para conter a propagação do vírus.

As demissões relacionadas à pandemia estão começando a cair após as altas registradas desde novembro. Nos próximos meses, com o inverno chegando ao fim, mais americanos vacinados e um menor número de casos, a expectativa é que a atividade econômica ganhe novo impulso e que os cortes de empregos diminuam ainda mais.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA registraram ontem mais de 119 mil novos casos de covid-19. Houve alta em relação ao dia anterior (114.437), mas uma queda significativa em relação aos 152.478 contágios confirmados há uma semana. Já as hospitalizações caíram pelo 22º dia consecutivo, para 91,4 mil, de acordo com o Covid Tracking Project.

Por causa da queda nas infecções, algumas regiões já estão começando a suspender parte das restrições mais severas sobre a economia, o que também deve ajudar a estabilizar o mercado de trabalho.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou nesta semana que os restaurantes do Estado poderão voltar a receber clientes em espaços fechados a partir do dia 14 de fevereiro. Já na Califórnia, o governador Gavin Newsom revogou a ordem para que a população ficasse em casa no último dia 25.

Há também a expectativa da aprovação de mais estímulos à economia pelo Congresso. Ontem, o presidente Joe Biden disse a deputados democratas que “não está comprometido” com o valor do pacote proposto por ele, de US$ 1,9 trilhão, e que pode negociá-lo com os republicanos. No entanto, insistiu que o Congresso deve “pensar grande” e “agir rápido” para mitigar os efeitos da pandemia.

 

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