CONSELHO EDITORIAL DO DIÁRIO
Que a corrupção tomou conta do país, instituições, empreiteiras, empresas e do governo não resta mais dúvida alguma.
Tem sido praticamente impossível manter um cargo, uma função ou um salário sem ser conivente com falcatruas, acordos espúrios e conchavos degradantes.
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O Congresso Nacional perdeu sua moralidade, embora se revista e se venda como casa da legitimidade.
Os termos peculato, suborno, propina, corrupção circulam pela boca do povo – hoje não mais como piada – de maneira frustrante e de uma forma tão intensa que jamais se viu na história recente ou antiga.
No entanto, ainda há esperanças e uma delas veio ao ar nesta quinta-feira (19) no jornal Bom Dia Brasil, da rede Globo.
Um empresário do ramo da construção civil – que não quis se identificar – venceu o edital de concorrência pública na cidade de São Sebastião do Alto (RJ). Valor do projeto a ser executado: 1 milhão de reais.
O prefeito da cidade, Mauro Henrique (PT), antes da assinatura do contrato e da ordem de serviço avisou: “Quero 10%”. As obras contratadas eram para a construção de um posto de saúde e para saneamento básico.
O empresário, incorruptível, no dia e hora marcados para a entrega dos R$ 100 mil levou consigo a Polícia Federal. O prefeito foi preso em flagrante.
É esse exemplo de dignidade, lisura e respeito que queremos também da classe empreendedora do país, sejam empreiteiros,ou vendedores de coco, sejam construtores de colarinho branco ou engraxates. Não adianta criticar os políticos corruptos se em nossos negócios também sermos corruptíveis e corruptores.
E que essa forma espúria e doentia deste prefeito – prática corrupta que embora pareça comum, não é lícita – seja extirpada do mapa desta terra com exemplos e prática.