Divulgada nesta quarta-feira (16), pelo IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) mostra que em novembro o volume de receitas do setor de serviços se manteve estável na pelo segundo mês consecutivo e segue sem apresentar crescimento anual desde 2014.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
Na comparação anual, entre novembro de 2018 e novembro de 2017, o volume de serviços registrou alta pelo quarto mês consecutivo, porém em ritmo ainda lento (+0,9%). A prestação de serviços às famílias foi o destaque positivo do mês ao avançar 3,1% – segunda maior taxa dos últimos 15 meses nesse tipo de comparação. Já a prestação de serviços profissionais administrativos e complementares, atividades mais ligadas à contratação de mão de obra especializada pelas empresas, novamente decepcionou e registrou queda de -1,1%.
Embora o comportamento da inflação de serviços em novembro (+0,41%) – a maior desde julho de 2018 (+0,68%) – não tenha contribuído para estimular a retomada do nível de atividade, a cautela nos investimentos às vésperas da posse do novo governo limitou a capacidade de reativação do nível de atividade do setor.
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Segundo Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, para que o setor não registre sua quarta queda anual consecutiva, é necessário um crescimento de 1,0% no volume de receitas dos serviços em dezembro de 2018, na comparação com dezembro de 2017 – resultado provável diante das taxas verificadas nesses meses. “No entanto, a recuperação plena do setor segue distante, já que o atual volume de receitas ainda se encontra 11,7% aquém do nível anterior à última recessão”, aponta Bentes.
Com maior crescimento da economia indissociável da reativação dos investimentos, a expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para 2019 é que os serviços possam registrar seu primeiro avanço anual (+2,0%) desde 2014 (+2,5%).