Espanha e Itália terão toque de recolher para conter “segunda onda”

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Os governos da Itália e Espanha, países europeus mais duramente atingidos pela primeira onda da pandemia, anunciaram no último domingo (25) medidas abrangentes para combater um aumento do número de novos casos de contágio.

Financial Times


A Itália anunciou as restrições mais duras desde o fim de primeiro “lockdown” em maio, no momento em que o número de casos de contágio atinge novo recorde diário. A Espanha terá toque de recolher nacional depois que a taxa de infecções cresceu quase um terço na última semana.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse que a partir de hoje bares e restaurantes terão de fechar as portas até as 18h. Nas medidas propostas, que permanecerão em vigor por um mês, escolas e locais de trabalho permanecerão abertos.

Academias de ginástica, piscinas, teatros e cinemas serão fechados e há “recomendação enfática” para que os italianos não saiam de casa, a não ser para estudar, trabalhar ou por motivos de saúde. “A sobrecarga ao sistema nacional de saúde alcançou níveis preocupantes”, disse Conte em um pronunciamento pela TV.

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O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disse que o toque de recolher nacional entre as 23h e as 6h será imposto imediatamente, seguindo pedidos de 10 das 17 regiões do país. Segundo ele, o governo ativará também o chamado estado de alerta – que concede ao governo poderes emergenciais – para permitir o toque de recolher, restrições territoriais e proibição de reuniões de mais de seis pessoas. Ele acrescentou que buscará no Parlamento nesta semana a aprovação de todos os partidos para prolongar a ordem judicial extraordinária até 9 de maio.

“Toda a Europa está agora adotando medidas para limitar a mobilidade e os contatos pessoais”, disse Sánchez. “Nunca antes enfrentamos algo parecido”.

Sánchez invocou um estado de alerta em março, em resposta à primeira onda da covid-19. Mas a medida caducou em junho e, depois, ficou cada vez mais difícil conseguir apoio do Parlamento. Algumas das regiões do país pressionaram para a suspensão das restrições. O premiê espanhol acrescentou que o governo tenta evitar outro “lockdown”, mas pediu aos cidadãos que permaneçam em casa o máximo de tempo possível.

Na Itália, Conte insistiu que não haverá novo “lockdown” nacional, apesar do aumento dos diagnósticos de novos casos nas duas últimas semanas. No sábado foram registrados 19,6 mil novos casos em 24 horas, mais um recorde diário, com a morte de 151 pessoas.

Enquanto Conte realizava uma reunião de governo no sábado, um pequeno grupo de manifestantes, alguns deles ligados a grupos neofascistas, disparou fogos de artifício contra a polícia na Piazza del Popolo, no centro de Roma, no sinal mais recente de agitação social provocada pela possibilidade de novas restrições.

Na primeira onda de contágios, o sul da Itália, mais pobre, foi poupado de surtos mais significativos. Mas, agora a região da Campania se transformou em uma das áreas mais duramente atingidas.

 

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