Exames surpresa ajudam a manter segurança aérea nos EUA

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Se você trabalhar em um avião comercial nos EUA – ou perto de um -, há boas chances de se deparar com um teste aleatório de drogas ou álcool.

Esses exames são a base de um programa de riscos que visa evitar que o uso abusivo de substâncias comprometa a segurança aérea. Nem sempre isso funciona, o que gera certo escândalo sempre que aparecem tripulantes supostamente embriagados.

No sábado, a polícia na Escócia prendeu dois pilotos da United Continental Holdings suspeitos de estarem bêbados antes de seu voo para o aeroporto de Newark Liberty International, em Nova York, às 9 horas.

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O incidente ocorreu cerca de um mês depois que dos pilotos da companhia aérea canadense Air Transat foram detidos por acusações similares no mesmo aeroporto de Glasgow antes de um voo a Toronto.

Esses acontecimentos não são comuns. Nos EUA, a lei federal exige que pilotos e controladores de tráfego aéreo tenham níveis máximos de álcool no sangue de 0,04% e que não tenham consumido bebidas alcoólicas pelo menos oito horas antes do serviço (para motoristas, os estados têm limites legais que vão de 0,08% até 0,20%).

No ano passado, apenas 10 pilotos em 12.480 exames aleatórios infringiram o limite máximo de 0,04% de álcool, segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês), em comparação com 13 em 2014 e cinco em 2013.

O setor informou um total de 56.327 testes aleatórios de consumo de álcool para todas as classes de funcionários elegíveis, inclusive pilotos. Dos testados, 119 tinham um conteúdo de álcool no sangue de 0,04% ou mais.

A realidade é que, para os pilotos, a chance de ser pego está sempre presente. Os testes aleatórios de drogas e álcool são um princípio central do setor aéreo, e não se apresentar para um teste em um período de tempo “razoável” justifica a suspensão ou outras medidas disciplinares. Mecânicos, comissários de bordo, controladores de tráfego aéreo e outros funcionários da aviação cujas funções afetam a segurança também estão sujeitos aos testes aleatórios.

No caso dos dois pilotos da United na Escócia, Erin Benson, porta-voz da companhia, disse na segunda-feira (29) que a operadora realizará sua própria investigação. “A segurança de nossos clientes e da tripulação é nossa principal prioridade”, disse ela por e-mail.

A FAA avalia os resultados dos testes anualmente para determinar quantos testes aleatórios de drogas e álcool serão exigidos no ano seguinte.

Em 2014, a taxa de testes de drogas positivos foi de 0,534% por cento; para o álcool, foi de 0,106% por cento. Atualmente, cerca de um de cada quatro “funcionários importantes para a segurança” faz testes aleatórios de drogas todos os anos, e cerca de um de cada dez é testado por consumo de álcool. (Bloomberg)

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