Executivo da United Airlines destaca perda de habilidades em crise da Boeing

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Opinião de Gerry Laderman chamou a atenção. United Airlines é uma das maiores compradoras de jatos da Boeing


REDAÇÃO DO DIÁRIO

Gerry Laderman, executivo sênior da United Airlines, destacou a perda generalizada de experiência na indústria da aviação desde a pandemia de covid-19. Segundo ele, em matéria publicada pela Reuters nesta terça-feira (30), isso pode ter contribuído para problemas recentes na Boeing.

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“A experiência conta e eles precisam ter uma equipe experiente para endireitar o navio”, disse Laderman, que é vice-presidente executivo de finanças da companhia aérea, durante conferência Airline Economics em Dublin, conforme noticiado na Reuters.

“Parte do problema para muitas empresas industriais é que ninguém percebeu as dificuldades que todos nós enfrentaríamos quando saíssemos da COVID”, disse Laderman.

Aeronave da Boeing Foto Divulgação
Aeronave da Boeing (Foto Divulgação)

“Principalmente a cadeia de fornecimento, mas também a falta de funcionários seniores e muitas aposentadorias: a base de conhecimento. Isso afeta a todos, e acho que isso é parte do que aconteceu na Boeing e… vai levar tempo”, disse. Laderman afirmou que não comentaria se deveria haver mudanças na gestão da fabricante de aviões.

A Boeing disse na segunda-feira (29) que estava retirando um pedido de isenção de segurança importante que poderia ter permitido aos reguladores acelerar a certificação de seu próximo 737 MAX 7.

Os legisladores vinham pressionando a fabricante de aviões a retirar a petição após uma explosão na cabine em pleno ar, em 5 de janeiro, em um 737 MAX 9, que expôs inúmeras preocupações de segurança e controle de qualidade em uma das duas maiores fabricantes de jatos do mundo.

Os investigadores estão examinando se havia parafusos faltando ou instalados incorretamente no jato da Alaska Airlines.

Desembarque do Boeing 737 da Aerolineas Argentinas que fez o voo inaugural entre São Paulo e Salta (foto: Diário do Turismo - Paulo Atzingen)
Desembarque do Boeing 737 da Aerolineas Argentinas (foto: Diário do Turismo – Paulo Atzingen)

As reações de executivos influentes como Laderman, que é visto como um dos mais prolíficos compradores de jatos Boeing, tendo começado na Continental antes de esta se fundir com a United em 2010, estão sendo observadas de perto na reunião de financiamento aéreo desta semana.

Os delegados da conferência disseram que a decisão da Boeing levantou questões sobre o momento do lançamento do maior e mais vendido MAX 10, cuja certificação era esperada um ano após o MAX 7.

United Airlines se esquiva de pergunta

A United é uma operadora líder do MAX 9, que ficou parcialmente aterrado por três semanas após a explosão. Também encomendou 277 do maior MAX 10, para o qual também se espera que a Boeing solicite uma isenção.

Segundo a Reuters, Laderman desviou da pergunta sobre os esforços da United para garantir mais A321neos concorrentes depois que a Reuters informou que o CEO Scott Kirby visitou recentemente a Airbus para abrir negociações.

“Eu não acompanho mais suas viagens… eu sei que ele está na conferência de liderança (da United) hoje”, disse Laderman, que está prestes a se aposentar após recentemente deixar o cargo de diretor financeiro.

O A321neo está em forte demanda, com poucos disponíveis em breve. Laderman disse que a Airbus também tem sua cota de problemas de entrega. “Sim, há um problema com a Boeing. Mas tenha em mente que, por razões muito diferentes, a Airbus também tem problemas, relacionados principalmente, digamos, à cadeia de abastecimento.

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