A espaçonave Starship, da SpaceX, sofreu uma falha catastrófica nesta quinta-feira (16), desintegrando-se no espaço poucos minutos após o lançamento. O incidente obrigou companhias aéreas a desviarem rotas sobre o Golfo do México, devido ao risco de colisão com destroços do segundo estágio do foguete.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações da Reuters
De acordo com a SpaceX, o contato com a espaçonave foi perdido aproximadamente oito minutos após a decolagem da base de lançamento Starbase, em Boca Chica, Texas. “Perdemos todas as comunicações com a nave. Isso basicamente nos diz que tivemos uma anomalia com o estágio superior”, afirmou Dan Huot, gerente de comunicações da empresa. Minutos depois, a SpaceX confirmou a falha completa.
Vídeos capturados pela Reuters mostraram rastros luminosos cortando o céu em Porto Príncipe, no Haiti, enquanto fragmentos da nave eram avistados nas ilhas Turks e Caicos. A Administração Federal de Aviação (FAA) emitiu alertas imediatos e redirecionou aeronaves na área até que os destroços caíssem com segurança.
No Aeroporto Internacional de Miami, a situação causou cancelamentos de voos, enquanto dezenas de aeronaves comerciais precisaram alterar suas rotas. Registros do site de rastreamento FlightRadar24 indicaram desvio de trajetos para aeroportos alternativos.
Segundo a FAA, o espaço aéreo na região foi brevemente fechado para permitir o monitoramento seguro dos fragmentos. “Criamos uma área de resposta a destroços para evitar que aeronaves se aproximassem da zona de queda”, informou o órgão. As operações normais foram retomadas após a dispersão dos fragmentos.
Elon Musk, CEO da SpaceX, compartilhou um vídeo do campo de destroços no X (antigo Twitter) e comentou: “O sucesso é incerto, mas a diversão é garantida!”. A falha ocorreu no mesmo dia em que a Blue Origin, de Jeff Bezos, realizou com sucesso o primeiro voo orbital do foguete New Glenn.
O segundo estágio da Starship, descrito pela SpaceX como uma “nave de nova geração com melhorias significativas”, tinha como objetivo realizar um pouso controlado no oceano Índico cerca de uma hora após a decolagem. A missão era parte do esforço contínuo da empresa para desenvolver um foguete capaz de levar humanos e cargas a Marte, além de implantar grandes lotes de satélites na órbita terrestre.
Apesar de frequentes falhas durante os testes anteriores do Starship, o incidente desta quinta-feira marca um retrocesso em uma fase da missão que já havia sido superada anteriormente pela SpaceX. No entanto, o propulsor Super Heavy conseguiu retornar à plataforma de lançamento como planejado, utilizando seus motores Raptor para um pouso controlado em braços mecânicos na torre de lançamento.
A missão foi o sétimo teste da Starship desde 2023, reforçando o comprometimento de Musk em atingir novos marcos no desenvolvimento aeroespacial, mesmo diante de reveses técnicos.
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