Edição e Redação do DT com agências
Na última semana a prefeitura de Florianópolis convidou a população a escolher a marca que a identificará como cidade turística no Brasil. Ocorre que a prefeitura da capital de Santa Catarina fez isso a partir de três marcas já pré-definidas sem um claro critério de seleção. Programas e noticiários de rádio, redes sociais e até um perfil no facebook criticam tal atitude considerando, basicamente, o gosto duvidoso das três logomarcas escolhidas para a tal enquete: Marca Florianópolis.
Na apresentação da iniciativa, a prefeitura argumenta que “Florianópolis está a um passo de ter a marca turística definida e o envolvimento da população é importante para legitimar características que já são atribuídas à cidade”. Tal enquete exibe três logomarcas criadas pelo Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional (LOGO) da UFSC, Universidade que oferece curso de Design, para serem votados objetivando eleger a marca da cidade sob as slogans “Movimenta Florianópolis”, “Minha Florianópolis” e “Tecendo Florianópolis”.
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Hoje, Florianópolis não tem uma marca que diferencie e promova a cidade. Outras cidades que têm algum grau de importância turística tem uma marca moderna, que realmente serve de referência, tanto para ações públicas, como para o desenvolvimento de produtos turísticos com a marca.
Segundo o prefeito da cidade, Cesar Souza Junior, Florianópolis não tem uma marca que a diferencie e a promova. “Certamente, a escolha não será unânime – nada em Florianópolis é unânime – mas esta é a maneira mais democrática, participativa, que permite a participação de toda comunidade não só na última etapa, mas desde o início do processo”, destacou.
Profissionais do design não foram consultados
Florianópolis realiza de dois em dois anos a Bienal Brasileira de Design e este assunto veio à tona na mesma semana que a última edição do evento ocorreu na capital catarinense e, ao mesmo tempo em função da quantidade de profissionais da área que vivem e trabalham na cidade, já que não foram sequer consultados. O design ganhou forte impulso no estado, e em especial em Florianópolis, a partir dos anos 1980, época da implantação do Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial (LBDI), uma instituição de pesquisa, desenvolvimento e ensino de renome internacional. Hoje são 74 cursos técnicos e de graduação, 33 de pós-graduação, dois Mestrados e um Doutorado ativo.
Um manifesto contra a duvidosa escolha das três marcas foi veiculado por profissionais do design na última semana: “Se há essa abundância de cursos de Design no Estado de Santa Catarina é de se supor que haja uma quantidade enorme de profissionais e empresas especializadas em Design. Por que a Prefeitura de Florianópolis não realizou um concurso envolvendo todos esses agentes?
A seguir apresentamos os três logomarcas. Com a palavra, o leitor:
Ótima matéria, mas leve em consideração que a Bienal de Design ocorre sim de dois em dois anos, mas é itinerante. Sendo assim, a Bienal de 2015 ocorre em Florianópolis, mas veio de outra cidade e irá para outra cidade.
Obrigado João Paulo pela observação, atenciosamente
Redação do DT
Vergonha desse trabalho.