Para evitar desgastes durante o passeio turístico, manter alto o nível de satisfação do viajante e os direitos dos consumidores, algumas cidades brasileiras estão capacitando funcionários de Centros de Atendimento ao Turista (CATs) para receber as reclamações e encaminhar aos órgãos de defesa ao consumidor.
A função original desses centros é abastecer o turista com informações sobre o destino, oferecendo mapas e orientações sobre o local.
A partir de fevereiro, o CAT do Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, na capital São Luís, no Maranhão, passa a oferecer esse serviço ao viajante.
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O local oferecerá um formulário, no qual o turista poderá relatar o problema ocorrido durante a viagem – o que inclui extravio de bagagens, desrespeito no atendimento em bares ou restaurantes e descumprimento de contrato firmados com agências de viagem e hotéis.
Os CATs das cidades que mais recebem turistas no País, São Paulo e Rio de Janeiro, ainda não adotaram esse modelo. No entanto, de acordo com as duas secretarias de turismo, denúncias e reclamações recebidas nos Centros de Atendimento ao Turistas são encaminhadas às instituições relacionadas ao conflito de consumo – como, por exemplo, a Associação Brasileira e Industrias de Hotéis (ABIH), no caso de falhas na prestação de serviços de hospedagem.
Dados registrados pelos Procons Integrados ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) revelam que, entre 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014, os meios de hospedagem e agências de viagens foram responsáveis por cerca 34 mil reclamações.
O Sindec, ligado ao Ministério da Justiça, integra hoje 25 Procons estaduais, 336 municipais e mais o do Distrito Federal, que atendem, por média, 206 mil consumidores ao mês. O Sistema opera em 641 unidades em 440 cidades brasileiras.