A companhia aérea Gol tem hoje 20 aeronaves excedentes na malha prevista ao longo deste ano, para o que negocia uma solução com empresas de leasing em meio a outras medidas de redução de frota.
Segundo o presidente da aérea, Paulo Kakinoff, a discussão faz parte das atividades a serem realizadas com a contratação da empresa de assessoria financeira especializada SkyWorks Capital.
Isso deve se somar à decisão de alterar o cronograma de recebimento de aeronaves da Boeing entre 2016 e 2017 de 15 para 1 e de devolver cinco aviões que estavam em regime de arrendamento.
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A Gol divulgou que deve reduzir entre 15% e 18% o volume total de decolagens em 2016. A projeção anterior da empresa era reduzir de 4% a 6% o volume de decolagens nacional no primeiro semestre. A oferta total deve cair entre 5% e 8% no ano.
O vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes, disse que a companhia enfrenta pressão de liquidez que não havia anteriormente, com o caixa livre em deterioração, já que a valorização do dólar impactou a geração de caixa da empresa e as despesas.
Em 2015, a Gol teve prejuízo de 4,29 bilhões de reais, aumento de 284% sobre o resultado negativo de 2014, afetado pelo impacto da desvalorização do real e do bolívar venezuelano frente ao dólar nas despesas operacionais e sobre o saldo dos passivos financeiros.
Kakinoff, porém, disse que a Gol não enfrenta risco de insolvência no curto prazo. Ele acrescentou que a companhia está buscando renegociar suas dívidas devido a preocupações de médio e longo prazos. (Reuters)