quarta-feira, maio 14, 2025
InícioEconomia do turismoGoverno da Argentina impõe novas restrições a turistas e...

Governo da Argentina impõe novas restrições a turistas e imigrantes estrangeiros

O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, anunciou nesta quarta-feira (14) uma série de medidas que impactam diretamente turistas e imigrantes estrangeiros, incluindo brasileiros. As mudanças fazem parte de uma ampla reforma nas políticas migratórias do país e devem ser oficializadas nos próximos dias por meio de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU).

Cidadania mais difícil e expulsões imediatas

Entre as medidas mais rígidas, está a rejeição automática de estrangeiros com condenações judiciais e a expulsão imediata de quem for flagrado cruzando a fronteira ilegalmente. Informações falsas fornecidas durante o processo migratório também serão motivo de deportação. Além disso, o governo pretende reduzir os prazos de apelação para quem estiver em processo de expulsão.

A obtenção de residência permanente e cidadania também será restringida. Apenas quem viver legalmente no país por dois anos consecutivos poderá solicitar o direito. Quem estiver em situação irregular ficará impedido de requisitar a cidadania argentina.

“Qualquer pessoa condenada com uma sentença inferior a três anos pode entrar na Argentina, incluindo imigrantes que vêm usar serviços públicos gratuitos, que não contribuíram para financiá-los com seus impostos”, afirmou o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.

Cobrança por saúde e educação para estrangeiros

O governo argentino também quer estabelecer que imigrantes ilegais e residentes temporários paguem pelo uso dos serviços de saúde. Além disso, será exigido um seguro de saúde válido para ingresso no país, como forma de evitar o chamado “turismo sanitário”.

Segundo Adorni, mais de US$ 114 milhões foram gastos em 2024 com o atendimento de estrangeiros no sistema de saúde argentino. “Nos passeios de saúde eles vêm, são tratados e retornam imediatamente ao seu local de origem”, disse.

Outra mudança de impacto diz respeito às universidades públicas, que, embora autônomas, passarão a ter liberdade para cobrar mensalidades de estudantes estrangeiros, inclusive brasileiros.

“Qualquer imigrante com uma sentença inferior a cinco anos pode continuar a viver na Argentina, para o perigo de todos os outros”, concluiu o porta-voz, ao justificar o endurecimento das políticas migratórias. (REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências internacionais)

 

Compartilhe essa matéria com quem você gosta!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Enriqueça o Diário com o seu comentário!

Participe e leia opiniões de outros leitores.
Ao final de cada matéria, em comentários.

Matérias em destaque