Grupo Flytour refinancia dívida com plano de recuperação extrajudicial

Continua depois da publicidade

O jornal Valor Econômico desta segunda-feira (19) informa que a Flytour, maior agência de viagens de negócios do país, conseguiu a aprovação de credores financeiros para um plano de recuperação extrajudicial. O processo envolve nove instituições, entre Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, além de fundos de investimentos. O documento informa dívidas de R$ 142 milhões.

A matéria assinada por Cristian Favaro, adianta que diferentemente da recuperação judicial, na extrajudicial apenas parte dos credores é selecionada e o mecanismo é muito mais célere. Daniel Rodrigues, diretor administrativo e de reestruturação da Flytour, disse que esse é um passo importante no enfrentamento da crise.

O grupo tem feito também negociações com fornecedores, que tem surtido efeito positivo, apesar de uma resistência no início, afirmou ele. “Colocamos a empresa em um ponto de vista de custos no mínimo possível”, acrescentou Rodrigues.

Veja também as mais lidas do DT

A pandemia teve consequências drásticas para a cadeia de turismo em todo o mundo. Segundo o executivo, a empresa perdeu cerca de 70% do faturamento em 2020 em relação a 2019, ano em que registrou R$ 5,6 bilhões em vendas. “Em 2019, ano de pico, atingimos mais de R$ 540 milhões em vendas em um único mês [maio]. Na crise, teve mês que ficamos abaixo de R$ 30 milhões [abril de 2021]”, disse.

Hoje a companhia está com cerca de 35% das vendas que tinha antes da pandemia. A retomada tem chegado, com boas sinalizações para este segundo semestre.

O maior desafio é entender o ritmo de recuperação do mercado corporativo, que responde por cerca de 35% da receita do grupo. A Flytour é a maior representante no mundo da Amex Global Business Travel.

Alguns especialistas têm dito que parte da demanda corporativa pode vir a ser substituída por conferências virtuais, que caíram no gosto de executivos durante a pandemia.

André Moraes, do Moraes & Savaget, escritório que representa a Flytour, disse que a ideia, ao seguir com a reestruturação extrajudicial, foi preservar ao máximo clientes e fornecedores. “De mais de 1,2 mil credores, a gente concentrou a operação em nove”, afirmou.

Segundo o advogado, um dos motores da recuperação extrajudicial foram as dificuldades para honrar dívidas com bancos menores e fundos de investimentos, renegociadas a juros muito altos durante a pandemia. (Valor Econômico)

 

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade