Gustavo Luck: “receptivo clandestino é um grande problema”

RETRÔ 2018 – Publicado dia 23 de maio

Crescimento se deve a dois fatores: serviços opcionais e aos eventos e congressos

REDAÇÃO DO DIÁRIO

Em uma viagem ao nordeste brasileiro algumas marcas e produtos se sobressaem e tomam lugar na mente e nos corações das pessoas. Seja uma bebida regional deliciosa, um prato típico suculento, um modo de se vestir. Em Pernambuco, em especial na região de Porto de Galinhas, acrescida à essas marcas da terra, uma outra se destaca: a da Luck Receptivo. Ela está presente em quase tudo. Seja na recepção dos hotéis com um balcão de atendimento, seja nos ônibus e vans nos estacionamentos das praias, seja nas camisetas dos guias e monitores,  a marca Luck é vista e reconhecida como a marca do receptivo na região. O DIÁRIO conversou com um de seus sócios, Gustavo Luck, para saber mais sobre a empresa, especialmente no nordeste.

Gustavo Luck é natural de Recife e viu o turismo de Pernambuco nascer, mas especialmente viu e participou da profissionalização dos dois destinos mais emblemáticos do estado: Fernando de Noronha e Porto de Galinhas. ““Vi Porto de Galinhas nascer para o turismo, vi operadoras nascerem, morrerem, se fundirem”, recorda.

Sua experiência de mercado atribuída ao longo trabalho no chão da fábrica do turismo, (leia-se o contato direto com os passageiros na área do receptivo), proporcionou a Gustavo e à Luck operadora-receptiva um crescimento significativo na última década. O diretor executivo adianta ao DIÁRIO que os dados mais recentes apontam para um crescimento de 8% em volume de passageiros e 13% em faturamento no primeiro quadrimestre deste ano, comparados ao mesmo período do ano passado.

“Esse crescimento se deve a dois fatores conjugados: os serviços opcionais que oferecemos ao passageiro quando ele chega ao destino e ainda não tem definido seus passeios, e aos eventos e congressos”, explica Gustavo. O executivo completa que os serviços opcionais que são os complementos de passeios ou tours no destino possuem o selo da Luck Operadora e, portanto, com qualidade reconhecida.

Serviços clandestinos

“O nosso grande problema são os serviços clandestinso que oferecem passeios a preços lá embaixo, mas com qualidade, pontualidade e segurança também lá embaixo”, afirma Gustavo em bom pernambucano. Gustavo reforça o que é observado praticamente em todo o país com o número de pessoas desempregadas e em subempregos. “A má qualificação profissional resulta em serviços ruins e o turista, claro, percebe”, completa.

Já no segmento de eventos e reuniões, Gustavo adianta que vem tendo uma boa melhora, o que explica também os bons índices do quadrimestre. “As empresas começaram a fazer reuniões, pequenos e médios eventos. Com a Copa do Mundo, infelizmente teremos uma queda nesses serviços, mas a partir de setembro o segmento volta a se aquecer e vai até novembro”, esclarece.

Gerações

Com 41 anos na empresa e trabalhando desde os 13, Gustavo Luck, no entanto, diz que nem sempre voou em céu de brigadeiro.  “Foi difícil, passamos por grandes bocados, mas compreendemos que o importante é nos unir e fazer parcerias com agências e operadoras profissionais”, pontua. Para ele, o trabalho de operador receptivo tem algo mais importante como pano de fundo: “Somos mais que o cartão de visita, somos os propagadores da boa imagem de um lugar. Prezo muito por isso”, diz.

Com 58 anos de mercado e com franquias e associados em várias capitais do nordeste, a Luck Operadora também tem desafios, lembra Gustavo: “Eu posso não ter 100% de certeza, mas somos a única agência de viagem entrando na terceira geração com todos trabalhando no negócio. Meu filho, meus sobrinhos estão com “gás total” e isso renova a empresa posicionando-a de forma competitiva. Apostamos muito nessa terceira geração para os novos desafios que virão”, prognostica.

https://www.luckreceptivo.com.br/