por Sandra Maia*
Você leitor já deve ter ouvido por aí: hightech, hightouch – inúmeras vezes e por motivos diversos. De forma simples, poderia dizer tratar-se de uma frase de efeito para chamar atenção sobre a importância do equilíbrio entre a tecnologia e o humano. De fato, o resgate do humano nas relações comerciais, que vem perdendo espaço à medida em que a tecnologia abarca tudo, ou quase tudo, tem sido considerado como prioridade nas grandes empresas que buscam criar vínculos emocionais, tocar o cliente em todos os sentidos, criar um posicionamento mais humanizado etc.etc..
E no setor de serviços, onde a tecnologia também está em alta, o humano é essencial. Da automatização das funções burocráticas à coleta de dados, tudo o que tem forte dependência da tecnologia precisa do humano se quiser se destacar e criar vínculos duradouros.
Slogans e promessas que reforçam o viver como um local; viver experiências transformadoras; ou, conhecer e se integrar à região e à comunidade – são temas que hoje representam, no imaginário daqueles que viajam, o sonho de experimentar novos lugares e de se aproximar de pessoas com outros valores, outras culturas. Então sim é importante a tecnologia que facilita a conexão – mas, é imprescindível, o contato humano que possibilita a promessa do afeto.
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Nas últimas semanas li diferentes artigos sobre a retomada no investimento no “capital humano”. Apesar de não gostar muito do termo – capital humano – entendo que, o que as grandes empresas querem dizer com isso é: investir nos seres humanos que fazem parte do negócio – sejam eles funcionários, parceiros, fornecedores ou clientes, está na “moda”.
Sim. É importante investir na gestão do relacionamento com clientes, parceiros, funcionários, nos stakeholders para que a organização possa seguir uma trajetória de sucesso.
Até aqui tudo bem, faz parte do marketing, da comunicação, da estratégia do negócio esse cuidado que começa na forma como a empresa se posiciona e “fala” com seus diferentes públicos estimulando a ação, o movimento, a emoção.
A tecnologia está aí para nos ajudar a levantar as informações que encantam e fidelizam nosso cliente. E ficou tão fácil levantar dados que coletamos tantas informações que por vezes – precisamos de ajuda – para saber como transformar esse bando de dados em informação valiosa para melhorar a relação com o cliente. A gestão da comunicação e do marketing dependem disso para alavancar vendas e consolidar o posicionamento da marca, destacando a empresa da concorrência.
E não é nada fácil essa contribuição. Analisar dados, informações, resultados de pesquisas, entendendo o ambiente externo e interno da organização pode, mais que contribuir para o negocio, torná-lo de fato viável.
As possibilidades são muitas, mas, o que fará a diferença é mesmo fazer as perguntas certas. Buscar as informações relevantes, para então traçar uma estratégia vencedora.
*Sandra Maia, especialista em comunicação empresarial é coordenadora dos cursos de graduação SENAC: Bacharelado em Hotelaria e Tecnologia em Eventos; e, Consultora nas áreas de Comunicação e Marketing: https://www.cenariostraw4web. com.br . Contato: sandramaia.mkt@gmail.com