Hotel Care investe em empreendimentos híbridos com olho no futuro

Continua depois da publicidade

Com mercado imobiliário sangrando com escritórios e hotéis subutilizados, as empresas buscam alternativas para se manterem ativas e sustentáveis.

EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências


A HotelCare, por exemplo, abre as portas da hospitalidade para integrar o que antes era quase impensável: serviços integrados em um mesmo edifício para Hotel, residencial e
escritório.

Veja também as mais lidas do DT

“Alguns projetos que estamos participando tiveram que ser repensados, sobretudo
porque ainda estão em desenvolvimento e construção e – sim – dá tempo de adaptar à
nova e inesperada realidade do mundo imobiliário e hoteleiro. Já temos negociações
avançadas em algumas capitais e cidades médias”, esclarece Ronaldo Albertino, CEO da
HotelCare.

Como funciona o conceito

De acordo com Ronaldo, usando a estrutura dos hotéis, é possível adaptar com razoável velocidade, os apartamentos para uso residencial e de escritórios ou vice-versa, “retrofitando” (jargão usado em arquitetura para o termo reforma profunda) as instalações para adaptar ao novo triplo uso.

“O conceito é que todos têm o mesmo tipo de serviço e facilidades, entre eles arrumação que consiste em aspirar o apartamento ou escritório, arrumar a cama ou móveis e cortinas, higienizar banheiros e lavagem de louça leve; a recepção atenderá todos os serviços de apoio e mantém a segurança integrada de todo o edifício, com controles de acesso e garantia de privacidade”, enumera Albertino.

“Outro ponto importante , continua ele, é que muitos destes edifícios, em especial os hotéis, têm estrutura com restaurantes e bares, fomentando um “lounge” de convivência e serviços de gastronomia, além de fitness de boa qualidade.

“Muitos ainda podem reverter os espaços de reuniões para mais apartamentos, quando viável e se aprovado pelos órgãos públicos”, pondera Ronaldo.

O hoteleiro utiliza como referência uma reportagem sobre Nova York – publicada no último domingo no jornal Estadão (https://einvestidor.estadao.com.br/comportamento/hoteis-escritorios-vaziospandemia)

“Para começar, os apartamentos devem ter pelo menos 15 metros quadrados, enquanto
os quartos de hotel podem ser menores. E os apartamentos exigem cozinhas – embora os
inquilinos possam compartilhar as instalações de cozinha em alguns conjuntos
habitacionais”, afirma na reportagem Mark Ginsberg, diretor da Curtis+Ginsberg Architects, que desenvolve projetos a preços acessíveis.

Para Albertino a realidade brasileira é muito distinta dos Estados Unidos em vários aspectos, mas o abalo na área de turismo e edifícios comerciais tem relação direta com a tendência de consumo e abalaram a todos. De acordo com ele, existem oportunidades reais para o setor, basta ter o produto certo e serviços adequados e viáveis para todos os usuários do conceito.

Ronaldo Albertino diariodoturismo
Ronaldo Albertino, diretor de Desenvolvimento e Relacionamento com o Investidor da Hotel Care (Crédito: Paulo Atzingen DT)

Transformações

“Em, no máximo cinco anos, a tecnologia 5G vai transformar o mundo da hospitalidade, e
temos que nos perguntar – buscando respostas sinceras – sobre o novo modelo de
serviços. Não será mandatória a recepção como hoje conhecemos, mas será
fundamental o acolhimento, a experiência, a atmosfera de cuidado e atenção. Podemos
e devemos focar em serviços de qualidade que não são necessariamente mais caros,
mas sim mais eficientes”, diz.

De acordo com sua análise, a biometria vai superar o smartphone e os acessos serão
automatizados e muito mais seguros, sem o contato humano. “Os acessos serão automáticos, via a biometria, mas haverá acolhimento em ambientes humanizados e harmonizados, que atenderão a todos: o hóspede, o morador e o usuário do escritório”. prognostica o hoteleiro.

Publicidade
  1. Temos a mudança conjuntural com a pandemia, que é passageira; mas temos a mudança estrutural com o tele trabalho (home-office), que será permanente. Assim muito da infraestrutura hoteleira, condo-hoteleira, residencial e comercial será afetada.
    Aliado a estas mudanças; temos a mudança demográfica com o envelhecimento da população que irá requerer novos ou readequados espaços de vivência e convivência. Temos também as mudanças comportamentais da população e do turista de negócios, de lazer entre outros.
    Temos também mudanças geográficas, com empresas e pessoas protagonizando o êxodo urbano, em direção as cidades do interior, buscando menores custos e melhor qualidade de vida.
    Aliado a tudo isso devemos empreender um esforço de guerra na reconstrução do setor de turismo, que em São Paulo durante a maior parte de 2020 teve uma redução de 80% na arrecadação de ISS; findando o ano com redução de 50%.
    No evento “on line”: Hospitality Outlook 2021: Hotel Performance, Capital Markets, and Consumer Behavior, realizado pela Cornell University em 15 de abril deste ano, do qual participei; ao comentar relativo a demanda por viagens aéreas, que a brasileira Embraer previa o retorno da demanda por aeronaves ao nível de 2019, apenas em 2023; ouvi que no segmento hoteleiro norte americano, a previsão é somente para 2024.
    Assim; estão postos os riscos, desafios e oportunidades. Saberemos enfrentá-los.
    Como profissional de consultoria, gestão condominial e hoteleira, espero contribuir com este esforço de guerra no enfrentamento deste grande desafio.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade