*Por Manoel Linhares
Desde fevereiro, quando a OMS declarou a pandemia do novo coronavírus, a hotelaria nacional firmou o compromisso de combater sua propagação em todo o território nacional. Hoje, unidas, todas as entidades ligadas à indústria de hotéis vem buscando soluções para o setor garantir sua sobrevivência econômica e a dos milhares de colaboradores diretos e indiretos que dependem dos seus postos de trabalho.
Com o estado de pandemia global decretado, um dos setores mais impactados foi o turismo e, consequentemente, a hotelaria. O segmento no país está com suas atividades praticamente interrompidas e há estados, como Santa Catarina, que já estabeleceram que os hotéis estão proibidos de receberem novos hóspedes.
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No Rio de Janeiro, cerca de 25 estabelecimentos estão interrompendo suas atividades até o final de abril e, em São Paulo, a média de ocupação desta semana está em cerca de 5% e os hotéis da Baixada Santista estão todos fechados. Por todos os estados brasileiros há exemplos de como o coronavírus está afetando diretamente o setor hoteleiro. Em Salvador, a pandemia reduziu a praticamente a zero as reservas nos hotéis da cidade nessa semana.
Com a maioria absoluta dos eventos sendo cancelados, a previsão é de que a taxa de ocupação caia de 90% a 100% até o final de abril e, por essas razões, que temos defendido que o setor de hotelaria precisa receber apoio efetivo das autoridades a nível federal, estadual e municipal para ultrapassar esse momento único e difícil.
Os meios de hospedagem, desde pequenas pousadas aos grandes hotéis, não conseguirão sobreviver sem hóspedes. E isso terá consequências graves para economia do país, já que tudo indica que teremos um longo período até nos livramos totalmente dos riscos de contaminação e possamos retomar as atividades normais.
É importante nesse momento também lembrar que a hotelaria é um setor fundamental na economia nacional, que impacta diretamente muitos segmentos. Para se ter uma ideia dos números, no Brasil, há cerca de 32 mil meios de hospedagem formais que geram cerca R$ 31,8 bilhões para economia nacional, sendo responsáveis por 380 mil empregos diretos.
No dia 19, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, assinou portaria com uma série de mudanças nas regras de financiamento, entre elas a facilitação do acesso ao crédito para micro, pequenos e médios empreendedores, redução de juros, aumento da carência e do prazo de pagamento, além da suspensão dos limites impostos para aplicação dos recursos oriundos do fundo.
As iniciativas são um bom começo, mas não bastam. Precisamos que medidas sejam destinadas diretamente para a indústria de hotéis, sem perda de tempo. As propostas do setor já foram entregues e ainda não foram contempladas!
É necessário, portanto, que além das medidas já tomadas pelo governo, outras ações já apresentadas às autoridades de todos os níveis por todos os representantes do setor, sejam imediatamente implementadas para que a hotelaria possa manter os postos de trabalho, garantindo seu funcionamento e a sobrevivência de um segmento fundamental para o futuro do turismo e da economia de nosso país.
Nesse momento além da união do segmento em busca de soluções efetivas para a crise já instalada, precisamos ter fé e iniciar de imediato a pavimentação de um novo amanhã, quando as fronteiras estarão novamente abertas e viajar, seja a trabalho ou a lazer, voltará a ser uma aspiração em nossas vidas. Sendo assim, vamos, com o perdão da palavra, viralizar essa campanha: Não cancele, remarque!!