(Agência Estado)
As caixinhas na frente do guichê de embarque para testar o tamanho da bagagem de mão podem estar com os dias contados. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) definiu um padrão para o tamanho das malas e lançou, na terça-feira (9), o selo “Cabin ok”, que atesta que a bagagem está dentro do padrão recomendado pelas empresas aéreas. O desafio agora é fazer com que aéreas e fabricantes de mala aceitem o padrão escolhido.
“Isso hoje é uma bagunça que atrapalha a vida do passageiro e das empresas. O passageiro tem dificuldade de comprar uma mala de mão que seja aceita por várias empresas”, disse o vice-presidente para Aeroportos da Iata, Thomas Windmuller, durante a conferência anual da Iata, em Miami. “Para as empresas, ficar testando as bagagens naquelas caixinhas ridículas é uma perda de tempo que pode atrasar o voo.”
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A Iata procurou as fabricantes de avião Boeing e Airbus para definir qual seria o tamanho ideal da bagagem de mão para que cada passageiro pudesse carregar um item e acomodá-lo em cima do seu assento. O resultado foi uma mala com 56 centímetros de altura, 36 cm de largura e 23 cm de profundidade. Hoje, por exemplo, a American Airlines e United Airlines aceitam bagagem de mão de 56X35X23 cm. Já o padrão da Ryanair é 55X40X20 cm.
Para que os atendentes identifiquem facilmente que as malas estão dentro do padrão “universal”, a Iata quer que elas saiam das lojas com o selo “Cabin ok”. A Iata contratou a empresa de logística aeroportuária Okoban para conceder o selo e fiscalizar as malas de cada fabricante.
Segundo Windmuller, a Iata está apresentando a ideia às principais fabricantes de mala e às companhias aéreas. Até o momento, nove companhias manifestaram interesse em aceitar a “mala-padrão” – entre elas Avianca, Azul, Lufthansa e Emirates, de acordo com a Iata.
O executivo, no entanto, disse que, mesmo se aceitarem o selo, as companhias aéreas continuarão a ter autonomia para definir seus próprios limites de bagagem a bordo. “Entendemos que deixar o passageiro levar uma mala maior ou mais de um item a bordo pode ser um diferencial competitivo que as empresas podem querer explorar.”
A “mala-padrão” se enquadra na legislação brasileira. Por aqui, o tamanho mínimo de bagagem de bordo, definido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é de peso até 5 kg e soma das dimensões de altura, largura e distância inferior a 115 centímetros.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.