A Rota da Uva de Jundiaí é uma excelente opção de passeio para a família nos fins de semana. A Rota integra os bairros Caxambu, Toca, Colônia e Roseira, todos na zona rural da cidade.
EDIÇÃO DO DIÁRIO
São 27 atrativos entre restaurantes, adegas, sítios, bares, quiosques disponíveis para o turista visitar. Além destes, a Rota sugere a visitação em mais sete lojas de produtos como linguiças artesanais, cervejas e frutas.
A região tem grande influência italiana originários da região de Veneto, por exemplo. Para o presidente da Associação da Rota da Uva e CEO do complexo turístico e gastronômico Villa Brunholi, Paulo Brunholi, hoje os filhos ou netos daqueles que chegaram ao Brasil, ainda tentam manter as tradições aprendidas com seus pais e avós, transformando Jundiaí em um grande complexo turístico gastronômico. “A proposta do passeio, é mostrar a cultura local e tentar manter as tradições e a história da imigração italiana na cidade, que se mantém viva nos corações de quem mora na cidade e queremos que seja levada no coração dos turistas”, comenta.
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São 10 restaurantes que o turista pode visitar e aproveitar para se deliciar com muita fartura, como por exemplo almoçar no restaurante e adega Beraldo di Cale, onde tem tudo aquilo que se espera e muito mais. Antes do almoço é sugerido degustar a Mexeriquinha, cachaça com um leve sabor da fruta que leva o nome, para abrir o apetite. Uma bela salada acompanhada de queijos regados com um pouco de azeite ou uma generosa porção de polenta, podem ser servidas como entrada. O restaurante, de forte influência italiana, serve massas frescas todos os dias no almoço e no jantar.
A Vendinha do Alto é um restaurante também de origem italiana, e é uma boa ideia, passar uma tarde lá. O ambiente é bem caseiro e as funcionárias fazem com que você se sinta em casa, principalmente pelo carinho e capricho que o ambiente proporciona. O pão de torresmo com um cafezinho é a grande pedida para os turistas. Além disso, a torta de abacaxi é altamente recomendada pelos moradores da região.
Para os amantes de frutos do mar, nem tudo na região é sobre massa fresca. O restaurante Italianão, apesar do nome, serve generosas porções de filé de tilápia, camarões empanados e diversos pratos com ingredientes frescos e sabores do mar. Mas para quem não gosta ou é alérgico a este tipo de alimento, o restaurante também serve massas, parmegianas, risotos e picanha.
Começar o dia com o café colonial do complexo turístico e gastronômico Villa Brunholi, é imperdível. São três mesas fartas de comidas, entre doces e salgados, pães e bolos, sucos, café, chocolate quente. Dentre os mais de 80 itens, do café colonial servido aos sábados e domingos, o pudim de uva com queijo mascarpone, premiado no Festival de Sabores de São Paulo, sempre marca presença.
No Villa Brunholi, o visitante além de se deliciar com as comidas preparadas ali mesmo, pode conhecer a mini fazenda, com porco, cabras, pavão, coelhos e mini-horse, diversão garantida para as crianças. Todas as árvores do complexo, são frutíferas e são disponíveis para os visitantes. Além disso, tem uma pequena horta onde os turistas podem pegar alguns temperos como tomilho e alecrim, por exemplo.
A Adega Maziero é um ponto mais que especial para os religiosos. O vinho rosé suave produzido pela adega, foi escolhido para a celebração das missas realizadas pelos dois últimos papas que visitaram o Brasil, Bento XVI e Francisco. Padre Pedro, contou como foi feita a seleção do vinho. “Membros da organização brasileira escolheram vinhos de 23 lugares diferentes, destes, 3 foram selecionados e levados ao Papa, para que ele escolhesse o melhor”, conta o padre com um sorriso orgulhoso no rosto.
Na adega do português, a única adega da região que não tem origem italiana, os homens não têm vez. O sítio e a adega estão sob o comando gentil da Angela Moniz e mais duas mulheres. Os pais da Angela vieram de Portugal e partiram do mesmo princípio dos vizinhos italianos e seguiram no cultivo de uva e produção de vinho. Com a idade avançada dos pais, Angela tomou a frente dos negócios e decidiu que é hora de dar a vez às mulheres. “Um dia me dei conta de que seu eu fosse tocar a adega, eu não faria como uma adega masculina dos anos 60. A mulher merece e tem capacidade de ocupar o espaço na agricultura”, disse.
Na Rota Da Uva nem tudo é sobre comer e provar vinhos, os turistas podem visitar o hortifrúti da família Miossi. Alface, rúcula, couve, salsinha, espinafre, todas as hortaliças são cultiva sem adição de agrotóxicos. Se quiser adquirir algumas hortaliças, é só colher diretamente da plantação. Uma excelente atividade de interação com a terra e alimentos para as crianças.
Kioske Roseira é uma das lojas especiais sugeridas pela Rota. Lá é onde se pode experimentar a tradicional coxinha de queijo da cidade. Embora o sabor de coxinhas mais popular no Brasil seja de frango algumas acrescidas de catupiry, em Jundiaí a escolha tradicional é a de queijo. As coxinhas mesmo que se chamem no diminutivo, são bem grandes, então é importante visitar o quiosque de barriga vazia. Comer as coxinhas junto com o delicioso suco natural de uva é uma excelente combinação.
Para conhecer a Rota da Uva, o turista pode ir por conta própria mas o indicado é fazer um tour guiado. Estes passeios guiados acontecem aos primeiros, terceiros e quartos sábados de todo mês, saindo da estação ferroviária de Jundiaí, por volta das 10h30 e custa apenas R$25.
Sobre a Rota da Uva
A Rota da Uva existe formalmente há dois anos e é formada pelos bairros de Caxambu, Colônia, Toca, Roseira e adjacências. A Rota e Jundiaí, possui uma história marcada pela imigração italiana e pelo charme das videiras – esta região concentra grande parte da produção de uvas e vinhos da cidade, com as delicias tradicionais produzidas pelos descendentes de italianos que ali se instalaram. Com isso, a cultura da uva foi quase uma consequência e, com ela, a produção do vinho. Para a gastronomia local passar a compor as atrações da região foi só mais um passo.