Latif Abrão Junior, do Hotel Terras Altas Blue Tree Hotels: “hotelaria tem uma política de preços bastante agressiva”

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REDAÇÃO DO DIÁRIO

Latif Abrão Junior  é sócio proprietário do Hotel Terras Altas, localizado a apenas 25km de São Paulo, próximo a Embu das Artes. Nesta conversa com o DIÁRIO, Abrão fala sobre a ótima experiência em associar seu trabalho de hoteleiro à marca Blue Tree, uma das referências do segmento da hospitalidade no Brasil. “O Blue Tree tem um know how bastante diferenciado na área de operação hoteleira e conheço o padrão e a excelência da sra Chieko Aoki.”, diz na entrevista. 

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (1981), em Administração pelo Fundação Getúlio Vargas – SP(1978) Latif possui especialização em Administração Nível de pós graduação pelo Fundação Getúlio Vargas – SP (1981). 

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DIÁRIO – Latif, pode falar sobre a parceria com a senhora Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels?

LATIF – Fizemos essa parceria a partir de 2014, um contrato bastante diferenciado no mercado da hotelaria, porque, além de podermos utilizar a marca Blue Tree, temos uma parceria na área comercial bastante interessante. A gestão é integral do hotel Terras Altas. Conheço a Chieko Aoki há bastante tempo, da minha atividade anterior. O Blue Tree era dono do Ceasar Park, daquela época a conheço. Ela tem vários tipos de propostas de operação na área hoteleira e tem nos ajudado bastante

DIÁRIO – Essa gestão implantou vários procedimentos no padrão Blue Tree. Pode citar alguns do dia-a-dia?

LATIF – Além da área comercial, a parte de reservas e apoio na área de marketing do hotel, há vários procedimentos na recepção, governança, limpeza, alimentação, aproveitamos e usamos vários procedimentos. O Blue Tree tem um know how bastante diferenciado na área de operação hoteleira e conheço o padrão e a excelência imposto pela sra Aoki, desde os tempos do Caesar Park.

DIÁRIO – Você começou com esse empreendimento há quanto tempo?

LATIF – Começamos em 2006, praticamente o primeiro ano de operação foi 2007; a nossa vocação e o nosso foco sempre foi eventos corporativo, treinamentos, workshops voltados à área empresarial. Fizemos uma série de investimentos, como a construção de novos apartamentos, área de eventos, que é bastante significativa, com toda a infraestrutura necessária para a realização de eventos.

Em 2016, intensificamos a parte de lazer, estamos atendendo também este tipo de clientes. É um hotel muito próximo de São Paulo, muito fácil acesso, numa área de 240 mil m², com mais de 12 mil m² de área construída e tem acesso direto à rodovia. Mas o nosso foco sempre foi a realização de eventos corporativos.

DIÁRIO – Qual é o percentual de receita entre lazer e corporativo?

LATIF – O corporativo representa 80% do faturamento e o lazer já atinge 20%.

A hotelaria no Brasil tem sofrido bastante. No caso do nosso hotel, como o grosso do nosso movimento é o corporativo, tivemos, em 2016, uma performance melhor do que em 2015

 

 

DIÁRIO – Pode fazer um balanço do primeiro semestre?

LATIF – Não tenho o balanço, mas posso dar uma ideia do movimento do primeiro semestre. No caso do hotel Terras Altas, o movimento foi 20% maior do que o primeiro semestre de 2015. Não foi ruim. O que existe hoje na hotelaria é uma política de preços bastante agressiva, o que sacrifica um pouco as marcas. É basicamente isso. A hotelaria no Brasil tem sofrido bastante. No caso do nosso hotel, como o grosso do nosso movimento é o corporativo, tivemos, em 2016, uma performance melhor do que em 2015. Queremos um segundo semestre em que a economia se estabilize para que seja melhor. É um setor bastante sacrificado. As margens são pequenas. É preciso passar esse período. Aguardamos uma recuperação econômica, que, para nós, é vital.

DIÁRIO – Como estão as reservas para o segundo semestre?

LATIF – Temos um mês de agosto muito fraco. As Olimpíadas atrapalham, acabaram congestionando o espaço aéreo, dificultando a mobilidade das empresas de trazer suas equipes. Está meio parado em agosto, mas há bastante reservas para os meses de setembro em diante. A expectativa é que seja melhor. As  Olimpíadas acabam encarecendo a passagem aérea e dificultando as movimentações das empresas. Também tem a questão econômica. As empresas estão aguardando a definição desse processo de impeachment que vem segurando a economia, adia investimentos, posterga decisões. Estamos em um quadro bastante difícil, mas já passamos por crises e passaremos por mais essa.

www.hotelterrasaltas.com.br/

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