por Paulo Panayotis*
Lourmarin. Provence/França. Já aviso que o lugar é quase uma aldeia. Fora da alta temporada moram nesta pequena cidade menos de 1500 pessoas! Mas muita gente famosa nasceu e morou por aqui. Albert Camus, renomado escritor francês que faturou um Nobel da literatura nasceu na cidade. Peter Mayle, publicitário inglês bem sucedido que se cansou do cinza da Inglaterra e mudou para cá foi outro. O autor de “Um ano na Provence”, que ajudou a popularizar a região em todo o mundo, fez de Lourmarin e região seu lar e seu ganha pão. Mudou de país, de vida e de estilo. Depois que você conhecer este pequeno pedaço do paraíso vai entender porque! Mayle ficou mais rico ainda e inspirou o cineasta Ridley Scott a rodar o filme “O bom Ano”. Onde? Exato, nos arredores de Lourmarin.
Mas o que tem esta cidade encantadora que a diferencia de tantas outras? Talvez seja o silêncio de suas ruas durante a semana? O estilo tipicamente mediterrâneo de suas ancestrais casas de pedra? A simpatia de seus moradores? A calma que se sente por todos os lados? A paz que é quase palpável? Seu castelo histórico? Sim, provavelmente uma coisa ou outra. Seguramente todas “em conjunto, ao mesmo tempo”!
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O castelo é visita obrigatória, especialmente se você for na alta temporada, durante o verão abrasador da Provence. Na hora do almoço suas grossas paredes de pedra revelam um frescor delicioso. Quase como se fosse ar condicionado, diria eu! Neste instante, frescor e cultura andam juntos. Em parte gótico, em parte renascentista, o castelo domina o horizonte da cidade. Vale a pena reservar ao menos três horas para visitar a propriedade e seus jardins! Especialmente na primavera, os jardins ficam exuberantes!
Com traços de elegante arquitetura italiana, é possível ter uma clara noção de como vivia a nobreza entre os séculos XV e XIX. Especialmente a ala renascentista tem coleções de mobília e decoração totalmente preservadas. Uma viagem no tempo. Depois, aproveite para se perder pelas estreitas e charmosas ruas da cidade de Lourmarin. Gosta de linho? Então aqui é o lugar para comprar um dos mais artesanais e puros que já vi na Europa. As lojinhas espalhadas por todo o centro histórico se misturam a cafés mais charmosos ainda e ateliers de artistas locais e internacionais. O clima, claro, é totalmente medieval! Não fossem os turistas com celulares e um ou outro aparelho eletrônico você diria que está na idade Média! E os restaurantes então? Sem dicas. Entre em qualquer um e peça o prato do dia. Aliás, foi isso que minha amiga Sonia Bridi descobriu quando andou por lá em busca de uma resposta para o Globo Repórter: quais as razões de se comer tão bem na França? Então meu amigo, quando fizer seu planejamento para conhecer a Provence, vai lá no site www.oquevipelomundo.com.br que tem muita dica bacana.
Aliás, uma dica que você deve ter em mente. Em toda a França a cultura da comida é muito forte. E ela começa a se materializar justamente nas feiras locais. Em Lourmarin não é diferente. Toda sexta feira acontece uma feira muito conhecida – e concorrida – em toda a região. Resultado: o clima de paz e tranquilidade só volta ao centro da cidade depois que a feira – e os gritos dos comerciantes – terminam. O quê? Você adora este clima de feira? Então meu amigo, se planeje para estar por lá na quinta a noite. Você verá um pouco de tudo: trufas negras frescas, os maiores cogumelos silvestres possíveis, conservas, azeites, temperos, amoras gigantes, de tudo!
Só uma coisa garanto que não verá: aquele pastel de feira típico do Brasil… Boa viagem, e não se esqueça: não gaste dinheiro com bobagem. Gaste com viagem!
Jornalista Paulo Panayotis viajou a convite do Escritório de Turismo do Luberon, CCHotels e seguro viagem Travel Ace.
CRÉDITO DAS FOTOS: Paulo Panayotis / Adriana Reis