por Fabio Steinberg*
A era do passageiro de avião tratado como carga viva e alimentado à ração está ficando para trás.
Há indícios de que finalmente as companhias aéreas resolveram trazer de volta um mínimo de glamour do passado. Um exemplo é a recém implantada classe Premium da Lufthansa para voos de longo curso. Mediante razoável taxa adicional, o viajante tem acesso a poltronas bem mais confortáveis, com boa inclinação e apenas um passageiro ao seu lado para acesso ao corredor. O entretenimento também ganhou upgrade, diversificado e com qualidade, em telas de 11 polegadas. A comida também melhorou, e é servida de forma decente, em pratos de louça. Há ainda amenidades como garrafa de água ou bolsa com máscara e demais apetrechos de viagem.
Veja também as mais lidas do DT
Na viagem que fiz de São Paulo a Frankfurt no Boeing 747-8 da Lufthansa, pude constatar estas melhorias. Mas também testemunhei dois problemas que precisam ser resolvidos com urgência. O primeiro é que há apenas dois banheiros para atender a classe Premium, o que provoca filas demoradas e intermináveis em qualquer hora do voo, algumas com até seis pessoas. O segundo: claramente falta comissário de bordo. Apesar dos esforços visíveis da equipe, o serviço é lento e deixa muito a desejar.
Ah, faltou dizer: esta viagem foi paga do meu bolso, sem qualquer benefício especial na condição de jornalista.
* Fábio Steinberg é jornalista e administrador de empresas. Atualmente, escreve sobre negócios, carreira, tecnologia, turismo e viagens de negócios. É autor dos livros Ficções Reais (sobre o mundo corporativo), Viagens de Negócios e O Maestro (biografia). https://www.blog.steinberg.com.br/