O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou neste domingo (30) o atual governante da República. Foram 50,9% dos votos contra 49,1% de Jair Bolsonaro. Assim, o político do PT assumirá a presidência do Brasil no próximo 1º de janeiro. A informação foi declarada oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral às 21h.
Segundo a Reuters, a votação foi uma repreensão ao populismo de extrema-direita de Bolsonaro, que emergiu das bancadas do Congresso para forjar uma nova coalizão conservadora, mas perdeu apoio à medida que o Brasil corria um dos piores índices de mortes da pandemia COVID-19.
Em sua fala, proferida em um hotel na Alameda Santos na noite deste domingo, Lula prometeu um retorno ao crescimento econômico. Além disso, exaltou a retomada das políticas sociais que ajudaram a tirar milhões da pobreza quando governou o Brasil de 2003 a 2010. Ele também promete combater a destruição da floresta amazônica.
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Ex-líder sindical e de origem humilde, Lula organizou greves contra o governo militar brasileiro na década de 1970. Os dois mandatos anteriores de Lula ficaram marcados por um boom econômico impulsionado por commodities. Além disso, o político do PT deixou o cargo com popularidade recorde.
Mais tarde, porém, o Partido dos Trabalhadores enfrentou profunda recessão e um escândalo de corrupção recorde. A partir disso, Lula passou por julgamento e acabou preso por 19 meses em condenações por suborno, posteriormente anuladas pela Suprema Corte no ano passado.
Bolsonaro pode contestar
Em seu terceiro mandato, Lula enfrentará uma economia lenta, restrições orçamentárias e uma legislatura mais hostil. Aliados de Bolsonaro formam o maior bloco no Congresso após a eleição geral ocorrida neste mês de outubro.
Importante dizer que Bolsonaro tem repetidamente feito alegações infundadas de fraude eleitoral e no ano passado discutiu abertamente sobre a recusa em aceitar os resultados da votação de 2022.
Autoridades eleitorais estão se preparando para o caso de Bolsonaro contestar o resultado. Segundo a Reuters, há inclusive a montagem de um esquema de segurança em curso para evitar problemas se os apoiadores do atual presidente tomarem as ruas.
Luiz Inácio Lula da Silva tomará posse em 1º de janeiro.
REDAÇÃO E EDIÇÃO DO DIÁRIO com Reuters.