Dono da Cacau Show, Alê Costa anunciou nesta semana a aquisição do Grupo Playcenter e surpreendeu o mercado, apesar de não ter revelado o valor da transação
REDAÇÃO DO DIÁRIO
O início da semana no mundo dos negócios foi marcado pela venda do antigo Grupo Playcenter, pelas mãos de seu fundador, Marcelo Gutglas, para o dono da Cacau Show, Alê Costa, que sempre quer alçar voos mais altos.
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Atualmente com 22 mil funcionários e 4,2 mil franquias (a maior rede do país, segundo a Associação Brasileira de Franchising), o empresário que nasceu na periferia de São Paulo, garantiu em entrevista ao UOL Economia que “o negócio do parque foi meio óbvio” para a marca.
“A gente saiu da loja de 25 metros, 50, 100, 200, e temos uma de 3 mil aqui [na fábrica em Itapevi] com carrossel, depois com uma montanha russa. A gente está vendo que o cliente quer ficar mais na loja e está sendo multado pela CCR porque a gente está parando a estrada aos domingos, recebendo 7 mil pessoas por dia dia aqui na nossa loja”, contou Alê Costa, destacando o sucesso do empreendimento além da produção de chocolates.
O anúncio da compra do Playcenter – cujo parque principal foi o maior da América Latina por décadas até seu encerramento, em 2012 – ocorreu três anos após a inauguração do Bendito Cacao Resort & Spa, em Campos do Jordão (SP). De acordo com o executivo e chocolateiro, ocorrerá a inauguração de mais uma unidade do hotel em Águas de Lindóia (SP), também interior paulista, no próximo mês de abril.
Parque de ‘chocolate’: qual a previsão?
Animado e também bastante confortável com a nova empreitada, Alê Costa explica que o novo parque de diversões, assim como os demais empreendimentos do Grupo recém-comprado, como a Playland, terão em sua essência o cacau e o chocolate. Por essas e outras, aliás, que o público já tem tratado o empresário como o Willy Wonka brasileiro.
“O hotel [de Campos do Jordão] é de chocolate, não é hotel normal. O parque será de chocolate. Tudo tem esse tema. Cada Playcenter deve se transformar numa “Fantástica Fábrica de Chocolate”, pontuou Costa ao UOL.
Sobre reconhecimento internacional da marca, Alê Costa disse que houve uma mudança significativa nos últimos anos. “A gente é conhecido no mundo inteiro. Foi muito legal, eu estive agora na feira na Alemanha faz três semanas com o meu filho de 22 anos. No passado a gente chegava lá “simplezinhos”, nos estandes, sabe? Agora os caras chamam a gente. Mudou a história, entendeu?”, questionou, orgulhoso.
O gestor adianta que não há uma previsão de quando a proposta do novo parque terá a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Na verdade, segundo ele, esse é só um detalhe perto de outras burocracias. “Ter um parque de grande superfície outdoor é mais do que o Cade, depende de governo, depende de legislação, de uma série de vontades. Então, isso é para o segundo semestre. A gente quer fazer algo grandioso”, afirmou.
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