Marcelo Melo, da IE Intercâmbio: “A nova geração tem certeza de que fará um intercâmbio um dia”

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Redação do DIÁRIO

Destacando em primeiro lugar o Canadá, na frente dos Estados Unidos, como pode-se confundir, os programas de educação internacional têm sido cada vez mais procurados e têm se tornado mais acessíveis com a facilidade de voos e tipos de pagamento possíveis. Em seguida do país norte-americano, seu vizinho Estados Unidos é mais procurado que a Austrália, Irlanda e Inglaterra, necessariamente nesta ordem, segundo o diretor da IE Intercâmbio, Marcelo Melo, que concedeu entrevista ao DIÁRIO para esclarecer as principais dúvidas sobre formação internacional. Confira:

“Nos preocupamos em orientar pessoas que desejam investir na educação internacional da melhor forma possível. Hoje, o principal produto para o brasileiro e, consequentemente, também para a nossa rede, é o curso de idiomas, de inglês, no exterior”, iniciou o especialista em carreira e educação internacional, explicando sobre as atividades da empresa.

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DIÁRIO – Vocês conseguem perceber a presença da geração millenium, com demandas e exigências diferenciadas?

MARCELO MELO – Quanto mais jovem se é, nasceu na era do compartilhamento, da informação, mais tem a capacidade de assimilar muitas coisas ao mesmo tempo. É normal para ele [jovem desta geração] entender que um dia vai fazer um intercâmbio, enquanto algumas gerações anteriores pensavam “isso aí não é pra mim”, ou “quero, mas tenho medo”. Essa nova geração não tem medo e tem certeza de que fará um intercâmbio um dia, faz parte de um processo de desenvolvimento individual, de carreira, para que haja a capacidade de se comunicar com todo mundo.

DIÁRIO – O intercâmbio é mais acessível atualmente, em relação há 20 ou 30 anos atrás?

MARCELO MELO – Sem dúvidas. Tanto pela questão das passagens aéreas, que tinham valores elevados , hoje, dependendo do planejamento, a pessoa consegue ter um valor de passagem aérea mais acessível. Fora isso, tem a quantidade de opções. Existem países em que o estudante consegue, com um orçamento mais enxuto, passar seis meses estudando e trabalhando. Ou países nos quais o estudante passa um mês com um custo melhor que nos Estados Unidos ou no Canadá, que antigamente eram as únicas opções. Além das opções de destinos, aumentaram as opções de pagamento, parcelamento… Isso permite a realização desses sonhos.

DIÁRIO – Consegue citar as principais diferenças entre o jovem brasileiro e o europeu?

MARCELO MELO – Para os jovens da Europa, ou América do Norte, fazer um intercâmbio é uma coisa comum já há algum tempo, inclusive, o próprio governo financia. Na mentalidade do estudante europeu já é, há muito tempo, comum isso de que, em algum momento, vai para outro país. O brasileiro tem isso também, mas é mais recente. Até economicamente falando, a capacidade de investir em educação internacional se tornou mais ampla há cerca de dez anos.

Os pacotes para o Canadá são os mais vendidos na empresa
Os pacotes para o Canadá são os mais vendidos na empresa

DIÁRIO – Vocês têm pacotes para pessoas com mais de 40 ou 50 anos?

MARCELO MELO – Sim. Essa realidade do brasileiro mais velho poder viajar vai na mesma linha. Tudo ficou mais prático, acessível, com a quantidade de voos muito maior, principalmente para o exterior. O acesso a outros países se tornou mais fácil. As distâncias ficaram mais curtas para todas as idades. O público mas velho se vê em condições, levando menos em conta a idade, de investir na qualificação dele, às vezes no próprio idioma, quando não se teve oportunidade.

Também existe uma demanda muito forte das pessoas que já estão no mercado de trabalho, já falam inglês, mas precisa de algo mais no currículo, com cursos específicos. Isso permite uma qualificação que faz a diferença na carreira. Hoje em dia, usa-se pouco a palavra intercâmbio, e sim educação internacional, ligada à carreira da pessoa.

DIÁRIO – Além do inglês e do espanhol, com quais outros idiomas vocês trabalham?

MARCELO MELO – Basicamente, os principais idiomas. Italiano, francês, alemão, japonês, mandarim, idiomas que têm uma cultura muito baixa. Depois do inglês, tem uma procura específica por francês, italiano, alemão e espanhol. Os locais são os países onde essas são as línguas nativas.

DIÁRIO – A IE também tem pacotes para estudantes que querem fazer uma graduação no exterior?

MARCELO MELO – Essa é uma crescente no Brasil, a vontade de entrar em uma universidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, tem a diferença de se estudar em uma universidade para fazer uma graduação ou pós, e pode-se também estudar em um college, como se fosse uma faculdade. A universidade ou custa mais caro, ou tem critérios mais rígidos. Uma faculdade, o college, pode ter valores mais acessíveis e a possibilidade de entrada mais fácil. Isso está crescendo muito no Brasil. Quando se coloca na ponta do lápis, se vale mais a pena estudar aqui ou fora, acaba que o custo benefício para fora acaba por ser cada vez mais analisado como uma oportunidade.

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University of California, nos Estados Unidos

DIÁRIO – Quais são os pré-requisitos para os alunos?

MARCELO MELO – Tem que ter o inglês fluente, o que acaba dificultando para muitos brasileiros. É o ponto de partida. Então, pode-se aplicar para uma graduação ou pós. Legalmente, não tem como fazer nada que não seja legal, não existe “jeitinho”. Existem as regras e elas têm que ser cumpridas. Basicamente é o estudante provar que está indo para ter uma experiência de estudo, que tem condições financeiras para isso, que são exigências consulares.

Algumas universidades exigem um histórico do aluno, o que ele espera para a carreira, se pratica algum esporte e quer uma bolsa para desconto. Algumas usam algumas questões adicionais, mas, em geral, o ponto de partida é o idioma e condições financeiras.

DIÁRIO – Quais são os países em que há maior facilidade para obtenção de visto?

MARCELO MELO – Não existe dificuldade em nenhum país. Existe uma palavra muito utilizada pelos consulares. Se a pessoa tem um interesse “genuíno” em ter uma experiência de estudo, ela vai conseguir o visto. Isso significa que ela realmente está indo para estudar, e não para estudar para fugir do país dela. Isso que os consulados analisam, o real interesse da pessoa. Com isso resolvido, não há dificuldades. Em casos que o visto não foi concedido, pode ter certeza que alguma coisa em termos de documentação não foi bem apresentada. Não é sorte, é uma análise técnica.

DIÁRIO – Qual país você, pessoalmente, acha mais vantajoso para um intercâmbio, atualmente?

MARCELO MELO – Depende muito do objetivo. Essa resposta varia. Se é para aprender inglês, não fala nada, por exemplo, o mais vantajoso é o Canadá, pelo custo benefício, segurança, qualidade de vida, moeda, qualidade de ensino. Mas se a pessoa já fala inglês, isso começa a mudar, se quiser trabalhar, muda também. Isso varia muito de cada perfil. A primeira preocupação é sobre o perfil do intercambista, os objetivos. Tem também as preferências além de estudos… o que gosta de fazer nas horas vagas, preferência por países, clima, essas coisas.

DIÁRIO – Qual é o pacote mais vendido da sua empresa?

MARCELO MELO – O curso de idiomas para o Canadá.

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A IE Intercâmbio disponibilizou os valores médios atuais dos principais pacotes vendidos:

1º Canadá – Curso de Idioma de 4 semanas + acomodação em casa de família, com meia pensão – R$ 5 mil a R$ 6 mil (médio)

2º Estados Unidos – Curso de Inglês de 4 semanas + acomodação em casa de família, com meia pensão – R$ 9 mil a R$ 10 mil (médio)

3º Austrália – programa de Estudo e Trabalho de 6 meses + acomodação em casa de família, com meia pensão – R$ 16 mil a 18 mil (médio)

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