Enlutados de todas as classes sociais fizeram fila para passar pelo caixão da rainha Elizabeth nesta quinta-feira (15) no antigo Westminster Hall, em Londres, prestando suas últimas homenagens à monarca mais antiga da Grã-Bretanha antes de seu funeral na segunda-feira.
As pessoas esperaram na fila por horas durante a noite. No meio da manhã, a fila se estendia cerca de 5 km ao longo da margem sul do rio Tâmisa, cruzando a Ponte Lambeth quando se aproximava do Westminster Hall.
Alguns viajaram do exterior, deixando malas em hotéis próximos para se juntar àqueles que se deslocavam lentamente pelo Westminster Hall. Os enlutados incluíam a ex-primeira-ministra Theresa May e seu marido Philip, que abaixou a cabeça diante do caixão enquanto passavam com membros do público. l
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Amy Tsai, 24, disse que havia viajado de Taiwan em maio e que havia participado das celebrações do jubileu da rainha em junho na capital escocesa Edimburgo.
“Agora estou esperando na fila para vê-la no caixão. Estou chocada”, disse ela.
Thomas Hughes, 20 anos, que esperou quase 14 horas durante a noite com seu irmão, disse que ver o caixão foi muito duro.
Outros viajaram no início da manhã para tentar driblar a multidão que se formaria mais tarde.
Aqueles que faziam fila incluíam ex-soldados com medalhas militares e bebês sendo carregados por seus pais. Muitos enxugaram as lágrimas.
Alguns estavam lá para representar pais idosos, outros para testemunhar a história e agradecer a uma mulher que, tendo ascendido ao trono em 1952, ainda estava realizando reuniões oficiais do governo apenas dois dias antes de morrer.
‘RAINHA DAS RAINHAS’
O corpo da Rainha Elizabeth foi trazido para Londres na terça-feira de Edimburgo. Ela morreu na última quinta-feira no Castelo de Balmoral, sua casa de verão escocesa, aos 96 anos, após 70 anos no trono.
A procissão cerimonial em grande escala no dia do funeral da rainha provavelmente será uma das maiores que o país já testemunhou e representará um grande desafio de segurança.
Espera-se que a realeza, presidentes e outros líderes mundiais compareçam, embora certas nações, incluindo Rússia, Afeganistão e Síria, não tenham sido convidados.
O presidente francês Emmanuel Macron foi o último líder a dizer que iria ao funeral.
O presidente dos EUA Joe Biden, que também disse que estará lá, falou com o novo rei na quarta-feira e “transmitiu a grande admiração do povo americano pela Rainha”, disse a Casa Branca.
O jornal Times informou que a primeira-ministra britânica Liz Truss deveria manter conversações com Biden e outros líderes mundiais à margem do funeral, mas autoridades disseram que qualquer reunião desse tipo será informal.
Reuters com pool – EDIÇÃO DO DIÁRIO