A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, não deve deixar o cargo na esteira da debandada de deputados do União Brasil – pelo menos por enquanto. Não há interesse no governo federal em demiti-la. As informações são do jornal Valor Econômico, em nota assinada pelos jornalistas Marcelo Ribeiro, Carlos Sartori e Raphael di Cunto.
Segundo a nota, na última segunda-feira (10), o então presidente do partido no Rio, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro, marido de Daniela, capitaneou um movimento de saída de políticos fluminenses da sigla. A ministra integra a lista de deputados federais que tentam, via Judiciário, a desfiliação sem perda de mandato. Waguinho se filiou ao Republicanos, que não compõe hoje a base governista, e também vai comandar o diretório do partido no Rio.
“Para um ministro da ala política, é “prematuro” afirmar que Daniela precisará deixar a pasta por causa da desvinculação com a legenda. Uma conversa entre a direção nacional do União Brasil e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi marcada para os próximos dias. Ministros e parlamentares alinhados ao Planalto consideram que Daniela é mais da “cota Lula” do que uma indicação da bancada do União Brasil e, por isso, o novo episódio não tem impacto imediato.
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Desde o início do governo, o União Brasil desponta como um dos casos mais complicados na formação da base de Lula na Câmara. Mesmo com três ministérios sob seu comando, o partido reluta em se classificar como governista e garantir os votos necessários para o Planalto aprovar projetos prioritários nos próximos meses.