Na entrevista coletiva realizada em Brasília nesta quinta-feira (2), com a junta ‘transversal’ de ministérios para apresentar as medidas tomadas pelo governo brasileiro diante da pandemia do Covid-19, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio participou. O DIÁRIO acompanhou a coletiva virtualmente e destacou alguns trechos da fala do ministro, veja:
por Paulo Atzingen*
Marcelo Álvaro adiantou que as principais medidas do Ministério do Turismo diante da pandemia dividem-se em três pilares. O primeiro segundo ele, foi a inserção do texto de seu Ministério na Medida Provisória n. 936 criando um programa emergencial para garantir empregos. “Essa MP dá especial atenção à grande cadeia produtiva do turismo, já que 80% do nosso setor é constituído de empreendedores individuais, micro e pequenos empreendedores. Nossa preocupação é atender 100% do setor, pequenos médios e grandes empresas de turismo”, falou.
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Sem judicialização
O segundo pilar, segundo Álvaro Antonio, é o resguardo dos direitos comerciais e dos consumidores. “Elaboramos um texto inserido na MP que vai resguardar o direito dos consumidores, mas que não deixa de exigir o cumprimento (do contrato) das empresas, obrigando que (essas empresas) em 12 meses, sem custos ao consumidor, entreguem os serviços contratados. Queremos evitar a judicialização em massa”, contemporizou.
Já está formatada
O terceiro pilar, continuou o ministro, se refere ao suporte financeiro e às linhas de crédito, para o pequeno e médio empreendedor. “Queremos, sobretudo, oferecer capital de giro para vencer a crise. A medida já está formatada, e visa dar clareza nas regras de acesso ao crédito, sob o ponto de vista dos juros e das carências para que as empresas sobrevivam nesse período”, afirmou.
Ouça o áudio:
Repatriamento
Marcelo ainda falou dos brasileiros que se encontram fora do país e impossibilitados de retornar ao Brasil. “Falamos com as empresas aéreas, com a Anac, para que num prazo o mais breve possível pudéssemos repatriar os 15 mil brasileiros que estão fora do país. Os números hoje apontam para 10 mil brasileiros já repatriados, ainda temos 5 mil. É uma operação complexa, de muitas variáveis, com fronteiras aéreas, pessoas que não tinham bilhetes de volta. Isso tem que ser negociado com os governos locais. Em seguida envolve a contratação de voos charters para o Brasil e isso está sendo desenvolvido de forma satisfatória”, enumerou.
Hotéis para a saúde
Por último, Álvaro Antonio falou que o governo pretende disponibilizar a rede hoteleira do país para hospedar profissionais de saúde que estão na frente de combate à pandemia do novo coronavírus.
“A ideia é que esses profissionais possam se abrigar nos hotéis próximos aos hospitais em que trabalham. Isso não é só uma medida de apoio como de proteção às próprias famílias desses profissionais”, explicou o ministro sem entrar em detalhes.
Ouça:
*Paulo Atzingen é jornalista e editor do DIÁRIO DO TURISMO