Por Marcos J; T. Oliveira, repórter do DT
Um dos destinos africanos participantes durante a 43ª ABAV – Expo Internacional de Turismo foi Moçambique. Presente pelo segundo ano consecutivo, o país aproveitou a feira para apresentar produtos e serviços, além de realizar muitas reuniões com operadores que já vendem África, especialmente África do Sul, Quênia e Tanzânia. O DIÁRIO conversou com Jeremias Manussa, diretor de marketing do Instituto Nacional do Turismo (INATUR).
DT: Como avalia a participação na Feira ABAV?
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Jeremias Manussa: Para o Turismo de Moçambique, o mercado brasileiro é emergente. Temos muito o que trabalhar por aqui e ainda estamos começando. Viemos o ano passado pela primeira vez para uma análise geral, primeiros contatos e foi um estande muito simples, sem investimentos em imagens. Este ano pensamos que valeria a pena chegar com uma presença mais forte, material em quantidade e um espaço mais convidativo revelando nuances do que nosso país tem a oferecer. Conosco vieram também empresários, hoteleiros e operadores.
DT: Consegue apresentar resultados dessa participação?
Jeremias Manussa: Sim. Nos reunimos com representantes da Braztoa, de algumas operadoras que vendem fortemente produtos do continente africano e vamos desenhar ações conjuntas. Também vejo possibilidade de parcerias com empresas do segmentos de eventos. Este tipo de parceria nos possibilita uma promoção direta, ou seja, estes parceiros apresentam o destino para o cliente e, assim, passamos a estar na prateleira.
DT: Tem dados sobre os números de brasileiros que visitaram o país nos últimos anos?
Jeremias Manussa: Para apresentar a você neste momento não, pois estamos fechando as estatísticas do primeiro semestre, mas lhe digo que em Moçambique residem aproximadamente 6000 brasileiros, a maioria trabalhadores das indústrias brasileiras dos segmentos de mineração e petróleo. Então, pensamos que este já é um número que nos ajudará em ações futuras, especialmente com familiares destes brasileiros residentes.
DT: E a mão de obra em Moçambique? É suficiente?
Jeremias Manussa: Temos uma hotelaria com 47500 quartos e a tax a de crescimento no mercado hoteleiro é de 3%. Aí já dá para ver que temos que ter mão de obra para atender essa demanda especifica. Além disso, uma das missões do Inatur é a capacitação constante dos trabalhadores da indústria turística moçambicana. Temos universidades de turismo e escolas técnicas do setor, além de um convênio com a Universidade de Lisboa, onde muitos compatriotas buscam formação. Mas sabemos que o turismo em Moçambique tem muito o que crescer e, consequentemente, a capacitação de novos colaboradores.