REDAÇÃO DO DIÁRIO
As duas vezes que o DIÁRIO DO TURISMO esteve em Cuba serviram para uma análise equilibrada sobre a situação econômica da ilha de Fidel Castro. Na primeira vez integramos uma comitiva oficial da FIT – Feira Internacional de Turismo e só vimos o lado belo da ilha socialista. Da segunda vez, em viagem independente, foi possível observar de forma mais crua a realidade da ilha.
Foi possível ver nesta segunda viagem, o verdadeiro socialismo dos castros. Não se via riqueza distribuída nas ruas, mas uma cidade que parara no tempo e seu povo trocava entre si migalhas de um idealismo fracassado que morria pouco a pouco sufocado pela economia de mercado e pela imposta maneira de ser do mundo contemporâneo com seus consumos, tecnologias, comunicação e demandas.
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No taxi, voltando para o aeroporto o motorista – formado em medicina e com os filhos integrantes do programa Mais Médicos – foi questionado por nós – ‘o que era realmente o socialismo?’. Ele nos olhou pelo retrovisor e devolveu a pergunta: “Vocês entraram na casa de um cubano e viram o que tem lá dentro?” – Não soubemos responder, no que ele emendou: “NADA”. NADA, isto é que é socialismo”.
LEIA – https://diariodoturismo.com.br/revistas/rp8/
Com a morte de Fidel Castro, anunciada hoje, republicamos a revista veiculada em 2014 – que já fazia uma análise independente do país sem a paixão socialista e sem o deslumbramento do modelo do capital.