Mais de 680 pessoas morreram em decorrência do coronavírus na Itália nas últimas 24 horas, informou a Agência de Proteção Civil nesta quarta-feira, à medida em que crescem as preocupações de que a doença esteja se propagando mais pelo sul do país.
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O número de mortos aumentou em 683 nesta quarta-feira. O número é menor que o pico de 743 na terça-feira, mas maior do que o total dos dois dias anteriores e o terceiro maior registro diário desde o surgimento do surto nas regiões do norte do país, em 21 de fevereiro.
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A Itália tem registrado mais mortes do que qualquer outro país, com os números mais recentes informando que 7.503 pessoas morreram da infecção em apenas um mês.
A região norte da Lombardia, de longe a mais atingida, exibiu um declínio acentuado no número de mortes e novas infecções nesta quarta-feira, aumentando as esperanças de que a epidemia possa estar diminuindo em seu epicentro original.
No entanto, o otimismo foi atenuado pelas sinalizações do sul, onde o contágio e as mortes são muito menos difundidos, mas estão aumentando constantemente, e podem sobrecarregar um serviço de saúde muito menos bem equipado do que na rica região norte.
“Nesse momento, existe a perspectiva real de que a tragédia da Lombardia esteja prestes a se tornar a tragédia do sul”, escreveu Vincenzo De Luca, presidente da região da Campânia, em Nápoles, em uma carta aberta ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte.
“Estamos às vésperas de uma grande expansão de infecções que podem não ser sustentáveis”, disse ele, reclamando que o governo central falhou em fornecer à Campânia ventiladores pulmonares prometidos e outros equipamentos de suporte de vida.