Na manhã desta quarta-feira (15), no Expo Fórum – Edição Capital, o debate de executivas que atuam no setor foi marcado pela forma com que encaram os progressos da participação no poder de decisão da atividade e confiança nos próximos passos
Por Cecília Fazzini, colaboradora do DIÁRIO
Sem precisar descer do salto e discutir horas seguidas sobre a questão estrutural da diferença de gênero, em clima cordial, três executivas de entidades do turismo se reuniram no Expo Fórum – Edição Capital, evento promovido pelo São Paulo Convention & Visitor Bureau em parceria com a Secretaria de Turismo da Cidade de São Paulo. Mariana Figueiredo, presidente executiva da Braztoa, entidade nacional da operadoras turísticas; Juliana Assumpção, diretora de Negócios da ABAV SP, que reúne as agências de viagens do Estado e Ana Karen Andrade, presidente da ONG Mulheres Solidárias, que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social deram o recado num tom de otimismo.
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Olhar coletivo e humano
Mariana Figueiredo considerou que o Turismo sempre foi um setor inclusivo. À frente da Braztoa há quatro anos, ela salientou que o olhar coletivo e humano da função contribui para tornar ainda mais representativa a função como mulher. De acordo com ela, não há em sua trajetória nenhum impedimento com que tenha se deparado, por conta de ser representante da força de trabalho feminina. “O que antes sugeria fraqueza da mulher, se transformou em força, traduzido na sensibilidade e cuidado com as pessoas”, frisou ao mesmo tempo em que confia que o espaço conquistado sirva de inspiração para as jovens que estão em início de carreira.
Com doçura
Com 25 anos dedicados ao Turismo, Juliana Assumpção, que divide a vida profissional agitada com a rotina familiar que inclui o fato de ser mãe de gêmeos ainda menores, revela que também não encontrou obstáculos por ser mulher. Para ela qualquer entrave está muito mais ce relacionado à forma como cada uma representante do gênero feminino orienta a própria conduta. “Nos deparamos com desafios, mas com doçura é possível encontrar o equilíbrio”, ensina. A executiva da entidade das agências de viagem paulistas reconhece a sorte de ter encontrado, em seu percurso profissional, líderes e gestores que enxergaram a relevância e representatividade femininas.
Mulheres Solidárias
Ana Karen Andrade extraiu das raízes que fincou no trabalho solidário como gestora pública e à frente da ONG que lidera, o significado para seguir adiante. E o contato com o projeto social do Mulheres Solidárias enveredou para o empreendedorismo feminino, network, sororidade entre outros ganhos. A rede da ONG já conta com 40 mulheres parceiras no Brasil que têm como uma das principais bandeiras ser uma força tarefa no combate ao abuso infantil.
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