O Carnaval chegou! E o setor do turismo, como vai lidar com seus riscos?

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por Otávio Novo*

Como em todos os anos, o Carnaval movimenta diversas cidades e comunidades do Brasil, com a chegada de turistas que se juntam aos habitantes locais, participando dos diferentes tipos de festividades e manifestações populares. O fluxo de pessoas é potencializado em todos os tipos de atividades do turismo, assim como no comércio, e em diferentes tipos de serviços, como atendimentos médicos, policiais e outros.


Esse contexto, por si só, já significaria, sob o aspecto de gestão de riscos e crises, uma variável importante e que deveria ser considerada em qualquer análise e priorização de riscos. Entretanto, além desses pontos, temos outros que devem ser observados para que as ações realizadas pelos profissionais do setor do turismo sejam eficientes nesse período de festividades. Falaremos sobre esses pontos a seguir.

Mas antes disso, lembramos que nessa série de artigos para o DIÁRIO DO TURISMO, estamos seguindo uma ordem que pretende,  a cada edição, mostrar os pontos importantes para a aplicação de práticas de gestão de riscos e crises no setor, e assim mostrar que é totalmente possível que todos comecem agora a se organizar melhor e , consequentemente, aumentem os níveis dos serviços e do turismo do nosso país. Todos ganharemos com isso.

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Procedimentos para a Gestão de Crises

O carnaval sendo uma manifestação que faz parte da nossa cultura, tem grande importância para a história e para muitas pessoas ainda hoje. Claro que existem aqueles que apresentam todos os tipos de argumentos contra o evento, e cujas opiniões também devem ser respeitadas.

Entretanto, não há como negar a importância social e econômica para o nosso país, apesar dos diversos problemas e riscos que se relacionam com essa grande festa popular.

De modo geral, e independentemente das características de cada localidade (ponto que pode alterar os mapeamentos de riscos) podemos dizer que durante a festa de carnaval existem alguns riscos que, normalmente, podem possuir colocações destacadas na análise e priorização de riscos. E destacamos 10 desses riscos, abaixo.

Antes de apresentá-los, é importante lembrar que a lista a seguir, é uma estimativa geral e limitada, com a finalidade de ilustração sobre o tema,  e de nenhuma forma servirá como um mapeamento de riscos para qualquer negócio ou atividade , tendo em vista a falta da análise específica essencial para estabelecer os devidos riscos das empresas e funções.

Dito isso, segue a lista dos riscos geralmente mais comuns e relevantes para esse tipo de evento e seus participantes:

  1. Acidentes em geral
  2. Conflitos entre pessoas ou grupos
  3. Roubos
  4. Assédio e agressões sexuais
  5. Restrição de atendimento médico / policiamento
  6. Fraudes
  7. Discriminação de vários tipos
  8. Problemas de abastecimento
  9. Restrições de mobilidade
  10. Furtos

E tudo isso potencializado por algumas vulnerabilidades comuns a esse momento, como por exemplo:

Aumento repentino de visitantes em localidades e ou cidades despreparadas; aumento de uso de álcool e drogas; restrição de acesso a determinadas ruas e localidades; grandes aglomerações ; criminalidade atrelada e as frequentes greves em diferentes serviços públicos nesse período do ano.

Os procedimentos devem ser desenhados para dialogar da melhor maneira com o público alvo (Crédito: Pixabay)

Ensaio, ensaio, ensaio

E portanto, é fundamental que os negócios e seus profissionais, assim como entidades, prestadores de serviços, turistas e órgãos públicos analisem seus cenários de riscos e criem procedimentos adequados, claros e difundidos para a prevenção dos riscos e ação em caso de alguma ocorrência.

E os procedimentos de modo geral devem se basear nos principais riscos e impactos, e, sem perder a simplicidade , devem buscar abordar os principais pontos das preocupações e responsabilidades dos seus criadores, para minimizar as possibilidades de perdas de grande importância.

Além disso, os procedimentos devem ser desenhados para dialogar da melhor maneira com o público alvo, por intermédio de utilização de conteúdo e abordagens mais próximas daqueles que vão utilizar o material na tomada de decisões.

A partir daí é treino, treino e mais treino.

Ou melhor,  como nosso tema é o carnaval, é ensaio , ensaio e mais ensaio.  Não tem segredo.

Bom carnaval a todas e todos!


OTÁVIO NOVO – GESTÃO DE RISCOS E CRISES 

Otávio é advogado, profissional de Gestão de Riscos e Crises, atuando, desde o ano 2000, em empresas líderes nos setores de serviços, educação e hospitalidade. Durante 6 anos foi responsável pelo Departamento de Segurança e Riscos da Accor Hotels na América Latina. Atualmente é consultor, membro da comissão de Direito do Turismo e Hospitalidade da OAB/SP 17/18, professor e desenvolvedor de materiais acadêmicos e facilitador na formação de profissionais e na organização de empresas do setor do turismo e hospitalidade.  Coautor do livro “Gestão de Qualidade e de crises em negócios do turismo” – Ed. Senac.  É criador e responsável pelo projeto Novo8 – www.novo8.com.br 

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