Mesmo em um cenário de pandemia, estudar fora do Brasil ainda faz parte do sonho de muitas pessoas. O DT apresenta a seguir dicas importantes sobre intercâmbio:
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
Estudar fora do país continua fazendo parte dos planos de muitas pessoas, apesar do cenário pandêmico que afeta todo o globo. De acordo com a empresa nova iorquina de consultoria para imigração, Fragomen, houve um aumento de 30% nos pedidos de vistos para estudantes em 2021.
A tendência crescente também ocorre na Europa. O Campus France, órgão do governo francês que oferece informações necessárias para estudar no país, também viu as buscas por intercâmbio crescerem, chegando a 39% a mais do que nos últimos anos.
Enquanto alguns estudantes já estão realizando o sonho de estudar fora, muitos ainda estão nos preparativos. Informações divulgadas no Relatório do Intercâmbio I&V 2019-2020 destacam que 70% dos intercambistas estão fazendo a sua primeira viagem para o exterior. Para esses estudantes, é necessária atenção aos documentos, situação do país de destino, moradia e outros fatores para que o sonho não se torne um pesadelo em piscar de olhos.
Veja também as mais lidas do DT
Como se planejar
Realizar um intercâmbio é uma experiência enriquecedora para os estudantes. Além de aprimorar os conhecimentos, é possível aprender um novo idioma e ainda conhecer a cultura de um outro país. Entretanto, antes dessa etapa é preciso entender e ter em mente todos os quesitos necessários para estudar fora do país.
Objetivo do intercâmbio
A primeira questão para quem planeja estudar fora do país é em relação ao objetivo do intercâmbio. Existem opções disponíveis que variam de acordo com o perfil de cada pessoa.
Para estudantes, é possível passar um ano em um programa de High School — equivalente ao ensino médio ou ainda cursar um semestre em uma universidade estrangeira, sendo para graduação ou pós (MBA, mestrado ou doutorado). Já para quem deseja ganhar mais experiência profissional, há opções de cursos, trabalhos remunerados ou voluntários em diferentes países. Há ainda, o turismo educacional, também conhecido como mochilão.
A dica é conversar com agentes de viagem ou ainda com outras pessoas que já passaram pela experiência a fim de ter informações e alinhá-las de acordo com o objetivo desejado.
Para onde ir
Ao realizar o planejamento de um intercâmbio, a questão cultural de cada nação também deve ser levada em consideração. É preciso ter em mente que alguns locais possuem costumes diferentes do Brasil, especialmente se a intenção é passar um longo tempo fora do país.
Por esse motivo, é importante realizar uma busca sobre cada país. A internet pode ser uma aliada para entender um pouco mais sobre os costumes de destinos estrangeiros.
Alguns dos países mais procurados são Canadá, Irlanda e Estados Unidos, de acordo com o Relatório do Intercâmbio I&V 2019-2020. A partir da compreensão cultural, é possível alinhar quais podem ser destinos para a viagem, se são locais parecidos com o Brasil ou completamente diferentes.
Nível de conhecimento do idioma
O idioma faz parte de um dos principais motivos de escolha para um intercâmbio. Ainda segundo o Relatório do Intercâmbio I&V 2019-2020, aprender inglês segue sendo o maior objetivo para mais de 70% dos estudantes.
Os números estão ligados ao fato de que, ao se inserir em uma nova cultura e lidar com aqueles costumes diariamente, a compreensão do idioma se torna tarefa essencial para a comunicação no dia a dia durante a viagem. Em intercâmbios de Ensino Médio e Superior, por exemplo, já ter afinidade com a língua pode facilitar a adaptação e a aprendizagem durante o curso.
Por esse motivo, é preciso levar em consideração o nível de conhecimento da língua local. Até porque, exames de qualificação irão ter esse quesito como base no momento da avaliação.
Tempo disponível
O tempo disponível para a viagem no exterior também pode ter impacto direto no intercâmbio. Existem programas mais longos que vão de seis a doze meses de duração. Por esse motivo, é preciso estar atento ao tempo que cada tipo de intercâmbio demanda e alinhá-lo com a disponibilidade de ficar fora do Brasil.
Além disso, a duração de cada programa pode ter impacto direto em outras questões. Cursos mais curtos são indicados para aqueles que já têm certo conhecimento do idioma local, uma vez que a imersão ocorre de forma mais rápida.
Questão financeira
Diversas instituições de ensino oferecem bolsas para os estudantes de outros países. As informações sobre essas oportunidades normalmente estão disponíveis no edital de inscrição de cada programa.
Entretanto, apesar das bolsas, é preciso estar preparado financeiramente para estudar no exterior. É importante ter em mente que os gastos podem ser ainda maiores no momento da chegada no novo país, quando pode ser necessário comprar roupas de inverno e livros, por exemplo.
Uma dica é sair do Brasil já sabendo como funcionam as transferências financeiras do país de destino, caso o estudante conte com ajuda dos pais, por exemplo. Há uma série de opções como MoneyGram, Western Union, PayPal e cartões de viagem pré-pagos de diversos bancos.
Onde ficar
A estadia também deve estar no planejamento do intercambista. O alojamento é parte do programa de algumas instituições de ensino, o que pode facilitar nessa questão.
Uma alternativa para os que não possuem estadia é buscar aplicativos de aluguel de imóveis ou ainda procurar repúblicas próximas ao local do curso.
Há ainda intercambistas que procuram familiares que moram no país em questão para aproveitar o período e passar mais tempo juntos. É importante não deixar a moradia para última hora.
Documentação
Providenciar a documentação é a fase mais burocrática do intercâmbio. Se há um desejo de estudar fora, o primeiro passo é dar entrada no pedido de passaporte o quanto antes. Ele é o documento oficial de identificação do intercambista. Para aqueles que já possuem um passaporte, é importante conferir se ele estará válido durante o período da viagem.
Outro ponto primordial, é consultar se o país de destino exige visto. Essa exigência varia de acordo com o local e com o tempo de duração do intercâmbio. A informação pode ser obtida através do site da embaixada ou consulado do destino.
Além disso, é preciso estar atento também ao seguro saúde, que deve ser contratado antes da viagem. O mesmo deve ser feito com a compra das passagens aéreas. O recomendado é não deixar essas questões para última hora.