Etapa de transporte de areia até a orla começou em 22 de agosto
Edição do DIÁRIO com agências
O cenário modificado pela obra de alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte, tem gerado discussões e chegou a viralizar nas redes sociais. Iniciado em março deste ano, o trabalho começou a chamar a atenção após a fase de trabalhos com uma draga.
A obra tem por objetivo passar a faixa de areia de atuais 25 metros, em média, para 70 metros. Segundo a prefeitura, o trabalho vai permitir, além da proteção da orla contra o avanço das marés, a criação de espaços privilegiados para os moradores e visitantes. Espaços ao ar livre para esporte, lazer, uma nova ciclovia, paisagismo diferenciado, serão instalados futuramente.
A obra de alargamento da Praia Central foi iniciada em 16 de março de 2021, com a chegada dos primeiros tubos que transportam a areia dragada até a orla da praia, segundo a prefeitura. Em 22 de agosto, a chegada de uma draga de transporte da areia até a orla deu início a uma nova etapa dos trabalhos.
A obra de alargamento da Praia Central foi iniciada em 16 de março de 2021, com a chegada dos primeiros tubos que transportam a areia dragada até a orla da praia, segundo a prefeitura. Em 22 de agosto, a chegada de uma draga de transporte da areia até a orla deu início a uma nova etapa dos trabalhos.
A obra vai custar R$ 67 milhões. Os trabalhos são feitos por um consórcio de duas empresas, a brasileira DTA Engenharia e a belga Jan De Nul, vencedor da licitação realizada pelo município.
Segundo a prefeitura, a obra deve ficar pronta até o final de outubro ou início de novembro
A secretária do Meio Ambiente Maria Heloísa Furtado Lenzi, diz que os impactos da obra na cidade são temporários. Ela cita, por exemplo, o ruído causado pelos trabalhos, ou plumas de sedimentos, que ocorre quando se mexe no fundo oceânico.
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“São impactos temporários que, assim que a atividade parar de acontecer, os impactos param também. Então a grande maioria dos impactos negativos são temporários e que podem ser mitigados”, explica.
De acordo com Maria Heloísa, o aparecimento das conchas ao longo da praia é previsto e ocorre por conta do trabalho da draga, que retira sedimentos de dentro do mar para compor a faixa de areia. Chamados de “biodetritos”, eles são sobras de moluscos, crustáceos e fazem parte do ciclo oceânico.
Segundo o professor de Ecologia e Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta, o fenômeno precisa ser monitorado para dar segurança ao ambiente e à população, sob risco de desequilíbrio ambiental.
“Além destes invertebrados, o monitoramento deve considerar a saúde de peixes, briozoários, algas, bem como a segurança alimentar de pescados ou frutos do mar. A dragagem revolve o sedimento e pode expor poluentes diversos, como metais pesados. Em elevadas concentrações, esses metais se concentram em peixes e moluscos, podendo representar risco para a saúde humana”, disse o professor.
Apesar de existir a expectativa de que o sombreamento seja resolvido, esse não é o objetivo da obra. Segundo Maria Heloísa Furtado Lenzi, secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú, os trabalhos vão permitir a reestruturação costeira e recuperação da vegetação de restinga.
“Essa obra está diretamente relacionada com o aumento do nível do mar, com o aumento da quantidade de ressacas que vem acontecendo. Está relacionada com a proteção costeira. O que você está fazendo ali é protegendo a infraestrutura”, explica.
A cor da areia está mais escura do que a normalmente vista na faixa de areia das demais praias da região. Segundo a secretária, isso ocorre por que os sedimentos são retirados da jazida molhados.
“Nesse primeiro momento ela vem escura porque está molhada, ela está compactada, você está passando maquinário. Conforme o sol vai incidindo sobre ela, a água vai evaporando e a vai ficar mais solta e ela começa a clarear”, disse a secretária.
Segundo Maria, a intenção da prefeitura é fazer uma média de 100 metros de cumprimento por dia. Até está segunda-feira (30), foram feitos 500 metros
PC