Me senti num outro bairro, com a presença de segurança ostensiva, limpeza de todos os logradouros e inúmeros guardas municipais. Até dentro de meu condomínio, em que tudo foi sempre feito pela Associação dos moradores, custeado por nós apareceram guardas municipais, novos postes de luz e promessa de que a Comlurb vai limpar diariamente as ruas e praça, o que sempre fizemos por conta própria e continuaremos a fazê-lo.
Os preços traduzidos em reais são muito caros para os trabalhadores, que aliás não poderão utilizar nem o novo metro, nem o BRT transolímpica que estarão disponíveis apenas para a família olímpica
Estamos vivendo uma ficção momentânea de organização ideal, que bem que poderia durar para sempre ou pelo menos até o final da alta estação, que esperamos ser mais concorrida, com a propaganda positiva dos Jogos Olímpicos. Agora, os jogos não foram feitos para os moradores, nem para nossos salários. Os preços traduzidos em reais são muito caros para os trabalhadores, que aliás não poderão utilizar nem o novo metro, nem o BRT transolímpica que estarão disponíveis apenas para a família olímpica.
Moradores e trabalhadores dos condomínios no entorno da Cidade Olímpica, sem nenhuma comunicação formal por escrito até hoje não sabem muito bem, além do adesivo que vão receber, como irão se deslocar ou ter seus colaboradores chegando em seus locais de trabalho.
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Sou um grande entusiasta dos grandes eventos, sobretudo os esportivos, mas fico muito deveras apreensivo com o “day after “e a ficção que vamos viver e que acabará no dia 22 de agosto…
* Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, pesquisador, preside o Portal Consultoria em Turismo é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ e gerente de Turismo do Preservale.