Para o parisiense Elie Ayache, o mundo parece um pouco mais normal nesta quarta-feira (19) após o rompimento da pandemia COVID-19: ele estava de volta ao seu café favorito, tomando seu café da manhã e comendo um croissant.
Reuters
Os cafés e restaurantes franceses voltaram a atender aos clientes, após uma paralisação de seis meses ordenada pelo governo para tentar conter a propagação do vírus.
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“Eu estava impaciente para voltar à minha vida e à pessoa que era antes”, disse Ayache, enquanto se sentava no terraço do lado de fora do Les Deux Magots, um café que já foi um ponto de encontro de Ernest Hemingway e outras celebridades literárias.
O presidente francês Emmanuel Macron também marcou a reabertura, juntando-se a seu primeiro-ministro, Jean Castex, para um café em um café perto do Palácio do Eliseu.
A pandemia global forçou o fechamento de estabelecimentos de hospitalidade em todo o mundo, mas na França, o país que inventou a alta gastronomia, o fechamento foi sentido de forma especialmente aguda.
Os franceses passam mais tempo comendo ou bebendo do que os cidadãos de qualquer outro país desenvolvido, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e comer fora é visto como parte do tecido social.
Ayache, que trabalha no setor de mercados financeiros, disse que antes do bloqueio, ele viria para Les Deux Magots todos os dias, inclusive nos fins de semana. Fazia parte de sua rotina matinal e permitia que ele organizasse seus pensamentos.
“Sinto-me em casa porque conheço o lugar, conheço as pessoas”, disse ele, com o laptop aberto sobre a mesa à sua frente.
Sua rotina não voltou completamente ao normal. Seu lugar favorito é dentro do café – ainda fora dos limites por causa das restrições do COVID-19 – e ele disse que o terraço estava um pouco frio.
“Mas as coisas vão voltar aos poucos, e estou muito feliz”, disse ele.