Pilotos da Lufthansa suspendem segunda greve

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Uma greve de pilotos fez a Lufthansa cancelar cerca de 800 voos, prejudicando em torno de 130 mil passageiros na última sexta-feira (2).

Paralisação estava prevista para os próximos dois dias e afetaria também o setor de cargas. Sindicato dos pilotos pede reajuste salarial de 5,5% a partir do ano que vem, além dos correspondentes ajustes à inflação.

Uma reunião nesta terça-feira (06) entre representantes da Lufthansa e membros do sindicato de pilotos Vereinigung Cockpit (VC) conseguiu evitar a segunda greve da maior companhia aérea alemã em menos de uma semana. A paralisação de dois dias havia sido anunciada na noite de segunda-feira, por reivindicação salarial. Nesta quarta-feira entrariam em greve os pilotos da Lufthansa Cargo, e na quinta-feira, seria a vez dos pilotos de voos de passageiros.

“Há um acordo”, disse um porta-voz do VC, anunciando que a greve estava suspensa.

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A Lufthansa não confirmou um acordo, mas disse que as negociações seguem e que o sindicato concordou em suspender a greve.

Primeira greve

Na última sexta-feira, uma greve de pilotos fez a Lufthansa cancelar cerca de 800 voos, prejudicando em torno de 130 mil passageiros, em um prejuízo econômico de 32 milhões de euros.

O VC exige um aumento de 5,5% nos salários neste ano, além dos correspondentes ajustes à inflação. Entre as reivindicações também estão maior compensação em dias de licença médica, férias e treinamentos e melhores condições para pilotos em início de contrato.

Ainda não está claro até que ponto a Lufthansa concordou com essas exigências. Em sua oferta mais recente, a companhia aérea propôs aumentos fixos no salário-base de 500 euros a partir de 1º de setembro de 2022, e de mais 400 euros a partir de 1º de abril de 2023. Dependendo do salário, isso significaria um aumento de 5% a 18%.

De acordo com a companhia aérea, se todos os requisitos do sindicato fossem atendidos, seus custos aumentariam em 40%. Em um período de dois anos, isso significaria um encargo adicional de 900 milhões de euros, segundo a Lufthansa.

Acordo com aeroviários

Em julho, a Lufthansa chegou a um acordo salarial com os aeroviários – os funcionários em terra – para impedir novas greves, após uma paralisação que levou ao cancelamento de mais de mil voos.

As exigências do VC ocorrem em meio a um cenário de aumento nos preços de energia e alimentação, com a inflação alemã atingindo o nível mais alto em 50 anos no mês de agosto.

Na semana passada, pilotos da Eurowings também ameaçaram entrar em greve em caso de fracasso nas negociações com a companhia.

Agências Internacionais com EDIÇÃO DO DIÁRIO

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