Por que ninguém viaja para o Brasil? – por Eduardo Mielke*

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Esta semana o facebook foi bombardeado com o artigo da revista Super Interessante POR QUE NINGUÉM VIAJA PARA O BRASIL? Ainda que traga erros técnicos como o de excluir, por exemplo, a influência do peso dos mercados regionais (com é o caso do Chinês sobre o fluxo à Tailândia), ele destaca em suma, os nossos gargalos. Recorrentes gargalos!… Que volta e meia dá meia volta e aparecem para dar um “Hello!!”  Aqui me atentarei a um especificamente…
Veja. Ainda que tenhamos nos últimos 10 anos uma sequência de Mega Eventos (PAN+JMJ+JMM+COPA+OLIMPÍADAS) propaganda NÃO é, NÃO FOI E NUNCA SERÁ suficientes para fazer o turismo da sua cidade decolar. Esta política romana do panem et circenses ou “pão e circo” não cola mais. Inclusive a insistência nela É, FOI E SERÁ sendo a principal causa deste vai Io-iô do mais do mesmo. Se você ainda acredita nisso, troque o disco. #VAZA IÔ-IÔ!
Perceba, nada é à toa. Ainda que a propaganda seja a lama do negócio, no turismo esta regra tem muita exceção. Parece que paramos no folder
Turismo é um atividade de percepções. Turismo é uma atividade de ponta. Ela é resultante de como a sua Cidade está sendo administrada em todos os níveis. Desde limpeza das ruas ao hotel, da segurança ao acesso ao atrativo, da pobreza nas ruas ao restaurante, e do bem estar da população ao atendimento do Guia. Tudo faz parte de um conjunto de percepções que resultará na experiência da viagem. E é deste somatório, destas várias percepções das pessoas, é que se faz um Destino. Complexo não? Pois é, por isso não é para amadores.
Onde estamos errando? Simples! Basicamente em não sermos hábeis o suficiente para tratar a atividade turística como um viés de DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, na geração de emprego e renda nos municípios. As demandas do setor para este fim urgem, e não vejo movimentação ao atendimento daqueles gargalos. Perceba, nada é à toa. Ainda que a propaganda seja a lama do negócio, no turismo esta regra tem muita exceção. Parece que paramos no folder, não desgrudando dos limites do debate entorno da promoção turística, como se fosse essa a única e a mais importante pauta de Política de Turismo.
Nada é por acaso. Inclusive …
* Eduardo Mielke é especialista em Políticas de Turismo para o Desenvolvimento Responsável de Gestão Turística. Doutor em Turismo
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