Gramado e Festuris, Festuris e Gramado. Esses nomes se misturam e, se é pelo turismo que se movimenta a economia, é pela imaginação e pela solidariedade que se move o turismo
Por Paulo Atzingen, de Gramado*
Há lugares que não apenas abrigam eventos, mas que parecem respirar junto com eles. Gramado é um desses destinos. A cidade se veste de cores e de reimaginação!
De 6 a 9 de novembro, Gramado volta a ser o coração pulsante do turismo brasileiro com o 37º Festuris — e desta vez com um convite provocativo: “Reimaginando o Amanhã”. Mais que um tema, é uma convocação. Um chamado urgente à criatividade adormecida, à coragem de sonhar de novo, com os olhos bem abertos.
Em um mundo onde a tecnologia dita o ritmo e as fórmulas prontas dominam o cenário, o Festuris propõe uma pausa. Uma pausa ativa, crítica, para repensar os caminhos, as conexões, os modelos. É como se dissesse: é possível, sim, usar a inteligência artificial sem perder a sensibilidade humana; é possível inovar sem apagar o que nos trouxe até aqui. Reimaginar é verbo de ação, não de espera. E Gramado será, mais uma vez, o palco dessa transformação.
Em um mundo onde a tecnologia dita o ritmo e as fórmulas prontas dominam o cenário, o Festuris propõe uma pausa. Uma pausa ativa, crítica, para repensar os caminhos,
A escolha do tema é também um gesto de resistência contra a estagnação criativa. Reimaginar o amanhã é desafiar a inércia com ideias, substituir a preguiça mental pelo movimento, a repetição pelo inusitado. O turismo, setor que une economia, cultura, afeto e experiência, precisa de oxigênio novo — e o Festuris oferece exatamente isso: um espaço onde projetos ganham forma, ideias encontram solo fértil e conexões ganham alma.

Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, os nomes por trás da história e do sucesso do evento, têm sido, ano após ano, curadores de um ecossistema que inspira e transforma. O Festuris é mais que uma feira: é uma plataforma de internacionalização, uma vitrine da força criativa brasileira, um laboratório de futuros possíveis. E se é pelo turismo que se movimenta a economia, é pela imaginação que se move o turismo.
Reimaginar o amanhã, é repensar o que está errado e partir para a mudança. Mudar paradigmas, arrancar preconceitos do peito e entender suas causas, se reaproximar do que é puro, belo e agradável sem esquecer que não vivemos em um país das maravilhas e precisamos nos unir, dar as mãos para crescermos juntos.
É missão de agora. É nesse agora que Gramado se ergue mais uma vez como protagonista de um setor em ebulição. E o Festuris, com sua capacidade de reunir mentes inquietas e corações que batem pelo mundo, nos lembra: o futuro não se prevê. Se constrói — com ousadia, com conexão e, sobretudo, com solidariedade.
*Paulo Atzingen é jornalista e fundador do DIÁRIO DO TURISMO





